terça-feira, 23 de março de 2010

às segundas e sextas

Meu, a tiazinha que limpa a casa para a minha mãe é o ó!!!
Nunca gostei de ter pessoas estranhas dentro de casa, me sinto desconfortável, apesar do resultado após sua passagem. No mais, é só infortúnio.
- Primeiro que não dá um bom dia.
- Segundo que é meio surda, então, quando estou de bom humor e dou bom dia, ela não escuta.
- Terceiro que me põe de telefonista - e sabem que ODEIO telefone - a tender marido, filho e papagaio ligando para saber sobre o tempo.
- Quarto que agora que tem celular, mas como é surda, dá-lhe o toque mais alto disponível e na média de vários toques por período e os papinhos mais furados que só quem não tem o que fazer pode usar um celular para tanto.
- Quinto que como fica no celular, demora mais para ir embora.
- Sexto que sempre escolhe a hora do almoço para arrumar a cozinha.
- Sétimo, e não último, mas vou parar aqui para respirar, como que para "puxar assunto", faz a brilhante observação enquanto espera que eu desocupe a pia: "Você deu uma engordada desde que chegou, hein?!"

Depois que morre, não sabe o porquê, cazzo!!!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Casa dos Pais

Voltei a morar com meus pais há 5 meses e nada mais familiar do que as velhas manias e sintomas que afloram inconscientemente. É um banquete para os analistas de plantão!

Sinto o mesmo horror de adolescente em ver minha mãe entrando no meu quarto sem motivo aparente, o mesmo desapontamento ao ouvir as discussões vazias que não chegam a lugar nenhum, as precipitações em achismos acusatórios. Também é bem difícil ver que meus sobrinhos sofrem as mesmas pressões, mas tenho a impressão de que eles lidam melhor do que eu lidei com certas sutilezas do convívio doméstico.

Voltei cheia de expectativas. Falei sobre muitas coisas pelas quais passei, das pessoas que conheci e de como mudei e acredito quer cresci durante esses anos. Mostrei que as mudanças são verdadeiras, pois podem ver nos meus novos hábitos e postura. Mas voltei com a expectaiva de que mudanças são possíveis, basta mostrar o lado bom, mas inocentemente subestimei minha capacidade de convencimento. É muito difíicl mudar e muita pretensão achar que alguém irá mudar por você.

Voltei uma vez e é como se voltasse uma outra vez mais, mas sem sair do lugar.

Sei que não dei o meu melhor. Vou guardar minhas energias. Afinal, não posso mudar ninguém antes de REVOLUCIONAR a mim mesma.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Subterfúgios Corporativos

Eu sei que é feio, mas a única maneira que encontro de manter um emprego e a sanidade mental é xingar e falar mal pelas costas daquele ser inescrupuloso que divide o mesmo ambiente de trabalho que você, por vezes a mesma função, mas que, por alguma razão misteriosa, se acha superior a ponto de ser folgado e mal educado. Não, eu não faço isso envolvendo orelhas alheias, pois é das coisas mais arriscadas, já que cretino, traidor ou vira-casaca não veêm escritos na testa de quem o é. Então, tenho desenvolvido este mecanismo de defesa corporativo de sentir-me satisfeita em achincalhar tacitamente este tipo de colega de trabalho, assim, em pensamento, ou mesmo pensando alto, mas não o bastante para que outros ouçam e, se ouvirem um balbucio meu, direi apenas que não é nada, estava xingando...ops, pensando alto!