Sinto o mesmo horror de adolescente em ver minha mãe entrando no meu quarto sem motivo aparente, o mesmo desapontamento ao ouvir as discussões vazias que não chegam a lugar nenhum, as precipitações em achismos acusatórios. Também é bem difícil ver que meus sobrinhos sofrem as mesmas pressões, mas tenho a impressão de que eles lidam melhor do que eu lidei com certas sutilezas do convívio doméstico.
Voltei cheia de expectativas. Falei sobre muitas coisas pelas quais passei, das pessoas que conheci e de como mudei e acredito quer cresci durante esses anos. Mostrei que as mudanças são verdadeiras, pois podem ver nos meus novos hábitos e postura. Mas voltei com a expectaiva de que mudanças são possíveis, basta mostrar o lado bom, mas inocentemente subestimei minha capacidade de convencimento. É muito difíicl mudar e muita pretensão achar que alguém irá mudar por você.
Voltei uma vez e é como se voltasse uma outra vez mais, mas sem sair do lugar.
Sei que não dei o meu melhor. Vou guardar minhas energias. Afinal, não posso mudar ninguém antes de REVOLUCIONAR a mim mesma.
Um comentário:
mesmo que você se revolucione, não sei se isto teria impacto nas pessoas à sua volta, pode talvez no máximo rolar uma maior ou menos aproximação. Não sei o que leva as pessoas mudarem, mas acredito pouco que seja pelo outro. ainda que ele,o outro, seja o motivo aparente, mudamos por nós mesmos.
beijinho.
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