sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Eu vi

De volta ao mundo dos filmes, recomeço a saga com o bom e velho Woody vendo por inteiro seu Zelig, o homem camaleão; uma história bizarra e tão surreal que a gente até acredita. Pulei para os curtas de Jorge Furtado, só para dar um exemplo, o cara que fez Ilha das Flores.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Série: Subterfúgios Corporativos

Vocês não fazem idéia do que me acontece dia sim, dia não no trabalho. É o encontro fantástico do espírito de porco com a vanguarda da futilidade. Eu já fiquei triste, questionadora, descrente, conformada, e agora chegou a hora de aplicar os meus parcos conhecimentos skinnerianos e me utilizar de reforços positivos e negativos para deixar bem claro que eu estou em paz e não desejo competir, e tampouco irei tolerar situações desnecessariamente desernegizantes...uf!

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Olha pra cima

E veja a imagem que coloquei no título do blog. Tratam-se de pontos históricos/turísticos de Natal. Da esqueda para a direita: Forte dos Reis Magos, Relógio Solar e a Ponte Newton Navarro.

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Onde eu tava mesmo...

Trabalhando e inventando novas receitas. Praticamente viver para trabalhar e comer, o que me rendeu bons frutos.
Apesar de ter ficado sem folga e fazendo hora extra, foi uma experiência nova ter atendido uma galera de uns 200 cabeção, fora os fornecedores, vendedores, desempregados e malucos em geral que vêm entregar, retirar, perguntar, passar o tempo e, às vezes, trabalhar. Quase descolei um 2º emprego como colaboradora da Amway que o Gato Félix me apresentou muito bem com seu falar colocado numa voz uníssona, alegre e inteligente. Dei bolas fora, tipo dizendo pra um professor que falou que tava dando uma fugida do congresso pra passear e eu soltei é por isso que a educação no Brasil está assim!! O hotel e atendimento foram elogiados, apesar da TV a cabo estar meia sola, alguns banheiros com a água voltando pelo ralo (defeitos da construção) e ainda não dispormos de alguns serviços. O atendimento realmente é show, a galera é muita atenciosa e esforçada. Apanhei do sistema que usamos pra controlar as hospedagens, vou dizer que não é lá essas coisas, mas ajuda. As vezes também fico a pensar se não nos deixamos escravizar pela tecnologia, porque de qualquer maneira precisamos ter os controles em papel caso algo falhe, não é mesmo? O computador só ajuda mesmo a fazer as contas e, claro, acessar a net que ainda tá nível zero de restrição. É bom nos momentos de folga ver curtas do Tim Burton no Youtube. Mas o que ajuda mesmo é a arquitetura que deus a todos a oportunidade de ter a vista da Praia de Ponta Negra, é lindo.
Das receitas renderam: espaguete alho e óleo com merluza empanada na farinha de mandioca; panqueca verde de talos de couve recheadas com molho vermelho de carne de soja moída e tomate em pedaços; pão caseiro econômico (com linhaça e granola, que acrescentei) do livro receitas por 1 real e os bolos de sempre.
E ainda teve o vestibular. Acho q não fui tão bem, mas foi difícil pra todos. Estou no aguardo.
Bom, também levei uns dias, tanto em casa quanto no trabalho, fazendo e aprimorando modelos para o hotel de cardápios, papel timbrado, os informativos e regulamentos que ficam nos apartamentos, bloco de anotações. Já estão circulando.
Semanas produtivas e cansativas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Apostas

Inscrevi-me nesses concursos de "responda de forma criativa à pergunta..." e estou tão esperançosa como jamais estive! Que sinal é esse, de que eu vou ganhar um super notebook e ser reconhcecida pelo meu talento e inventividade ou que estou prestes a acreditar também em fadas e duendes?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Adobe Media Player

Cruzei com esse programa tentando abrir a página do canal The History Channel. Para conseguir ver os vídeos, precisa instalar o Adobe Flash Player e durante a instalação eles oferecem o Adobe Media Player, que dará acesso a diversos programas, videos e filmes. Não sei como será o desempenho numa conexão banda fina, mas ainda acho que vale a pena. Tô assistindo ao Festival Internacional de Vídeos de 1 minuto. A qualidade dos vídeos é ótima, opção de tela cheia, roda muito rápido e depois que é carregado, fica disponível também off-line.

Está sendo muito divertido. Tente também. Você pode antes criar um ponto de restauração, se a sua versão de Windows permitir. Usei este caminho:

acessei video, sociedade e cultura


no lugar desse cubo aparecia uma caixa clara com a mensagem, para acessar este conteúdo é preciso instalar o adobe flash 10 e esse sugere a instalação do adobe media player.


depois de instalar é só fechar e reabrir o navegador e acessar a página novamente. explore o site e descubra o que ele lhe permite fazer.

Adobe Media Player

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Na espera

Taí algo que tenho vivido intensamente nessas semanas, esperar ou então assistir outros esperarem por inúmeras razões. Para mim, nesses momentos de espera é bastante importante aplicar a técnica de bater um papinho pra passar o tempo. Assim, consigo que as pessoas não fiquem alimetando sua ansiedade e olhando desesperadamente para o relógio. E é assim também que tenho oportunidade de conhecer histórias das pessoas e do lugar.
Entregadores e suas aventuras no trânsito (eles acham que carros no farol fechado é engarrafamento), bombeiros em cargos administrativos (conferindo as instalações do prédio) para abrandar o trauma e a frieza do pronto atendimento, a minha história contada dezenas de vezes (meu sotaque não me deixa mentir) e despertando lembranças de quem já passou por São Paulo. Foi daí que o tiozão da gráfica não dispensou, em duas oportunidades, falar mal de Sampa. Fiquei puta, generalizações e as idéias pouco criativas do tipo "os nordestinos construíram SP", "somos o combustível que faz SP andar". Nunca ouvi tanto orgulho em ser burro de carga. Claro, lutei bravamente contra o impulso de dizê-lo essa observação, além do absurdo de dizer que paulista é preguiçoso... não sei de onde tirou essa.
Concordo com a idéia de que em todos os lugares há pessoas boas e ruins e piores, mas me obrigar a ouvi-lo falar novamente essas merdas, não vou. Sinto muito se houver uma terceira oportunidade - bem provável. Pode deixar que eu volto para dizer como foi.

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domingo, 9 de novembro de 2008

(Maus) Costumes

Um costume dessas bandas é o desuso de qualquer saudação. Bom dia e derivados, por favor e obrigado, dizer alô ou tchau ao telefone e coisas dessa ordem parecem não fazer nenhum sentido. Daí que alienígenas como eu que por educação e bom hábito se utilizam dessas palavras básicas são motivo de chacota e ironias toscas - porque ironias bem elaboradas também não são o seu forte. Acontece quando me pedem algo e usam um "por favor" seguido de risos deslocados e entre-olhares, e ao final é um "obrigado" soletrado e o tom irônico tosco já descrito.

O engraçado é isso fazer parte do trabalho, ser usado como sinal de respeito e educação, mas só porque é cliente e está pagando, ou então porque é o chefe.

É isso, não posso nem ser educada em paz.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Série: "O que eu deveria ter dito"

Essa última questão não afeta tanto o pessoal quanto o profissional, afinal as relações de trabalho não acontecem exatamente por escolha. Não posso escolher não ter um mau chefe como a um mau amigo. A hierarquia, no caso, nem é o principal. Exemplo, se for desabafar com um amigo sobre o chefe é bom lembrar que provavelmente ele também seja amigo dele ou vai contar a um outro amigo e este é amigo do chefe; o cabo do telefone sem fio é bem curto, porém as distorções chegam a ser gigantescas. E tem que não se leva a sério o trabalho, fazem muito nas coxas deixando a desejar os milhares de reais pagos por dia para desfrutar das comodidades e da linda vista. E o pior, talvez, seja assistir como os interesses pessoais são colocados à frente nas decisões profissionais, ou seja, a ética é completamente ignorada e como quem pode mais chora menos, nós, os vermes das moscas do cocô do cavalo do bandido, ficamos com a lição de como NÃO conduzir uma empresa. Daí que continuo a bater a cabeça e não ser tão "querida", pois, como ouvi e não é a primeira vez, eu bato de frente com os grandes.

Continuo também a me perguntar se esse comportamento suicida está me levando a algum lugar? Penso que, em se tratando da minha inexistente carreira, independente dos resultados alcançados, sempre cumpri com minhas obrigações, assumi responsabilidades e executei com competência as tarefas que me cabiam.Trabalhar por uma empresa não quer dizer que concorde com tudo que ali acontece. O problema geralmente está no ego de quem ocupa posição de chefia e acredita que isso lhes dá o incrível poder de estarem sempre com a razão; e eu que acredito que ser subordinada não exclui meu direito de ter uma opinião e de explicitá-la sou, por isso mesmo, considerada uma ovelha negra.

Tenho a convicção de que ser falsa e agir por interesse que, quase sempre, está ligado a dinheiro, são coisas das quais jamais vou me utilizar esperando ser reconhecida ou respeitada em razão disso. Mas então o que estou fazendo aqui? Digo, nesse mundo?

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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A história das coisas

Este vídeo (clique no título) mostra os problemas sociais e ambientais criados como consequência do nosso hábito consumista, apresenta os problemas deste sistema e mostra como podemos revertê-lo, porque não foi sempre assim.

Não é utópico, é mais realista do que muitas teorias em contrário.

Acreditar não basta, temos que agir. Não adianta nada olhar, achar bonito e esquecer.

O que você vai fazer para mudar isso?

Eu tive a oportunidade de conhecer uma teoria, ou melhor, um estilo de vida chamado Simplicidade Voluntária através do livro de mesmo nome de Duane Elgin. Identifiquei-me com a proposta e estou a cada dia aumentando minha participação e me adequando a essa demanda urgente do nosso planeta. Tenho três sobrinhos e não gostaria que nem eles nem seus filhos sofressem as consequências das minhas inconsequências, desse mal hábito que temos de fazer as coisas e tomar atitudes sem pensar sobre a razão de serem assim. À direita da tela está o meu "perfil", abaixo da figura. Está aí há 4 anos, desde que comecei o blog, e continua sendo a grande verdade daquilo que vivencio no meu dia a dia.

Penso, penso, penso. Por que e como fazer diferente?

Já ouvi de amigos, pessoas inteligentes, perspicazes, boas, dizendo que desligar o chuveiro enquanto nos ensaboamos não leva a nada. Usem a internet, pergunte ao google sobre estatísticas de desperdício e aproveitamento da água, por exemplo. Talvez você se impressione. Você desligou as luzes quando saiu da sala para o quarto? Deixou a geladeira aberta enquanto se servia da água? Pense...

Ainda acha utópico? A grande barreira a que as coisas aconteçam são os próprios agentes, ou seja, nós. Você assistiu no vídeo, não foi? Aquelas pessoinhas ao lado de todos os componentes maiores do sistema. Se acha utópico é porque sentiu aquele aperto no peito ao pensar que não vai trocar de celular esse ano ou que não vai comprar aquela blusinha linda que viu na vitrine, ainda que se torne mais uma a viver pendurada no cabide. Tenho certeza de que não é isso que o torna mais feliz.

Pense e faça alguma coisa.

Tenha bom senso. O vídeo e simplicidade voluntária não propõem nenhum radicalismo, propõem apenas um EQUILÍBRIO.


BIBLIOGRAFIA

ELGIN, Duane - Simplicidade Voluntária, Pensamento-Cultrix, 1998. original: 1993.

Homens e Coisas

Logo que cheguei em Natal tive uma maré terrível de má sorte, aliás fui trazida por ela de Noronha. Já nos primeiros dias, voltando pra casa, andando distraída pela calçada, pensando na vida, encosta uma moto e o homem "pede" meu celular. Fria como geralmente sou nessas situações, com o celular na bolsinha que tinha nas mãos disse, eu não tenho celular!, e saí andando. O motoqueiro também. Mais um mês e meio depois, perdi o celular.

Quando completei meu primeiro mês por aqui, emprestei uma bicicleta para tornar meus dias mais proveitosos, gastar menos tempo e dinheiro me locomovendo. Levava 7 minutos para ir ao trabalho todas as noites, uma beleza. Mas numa bela manhã de sol, ao abrir a porta de casa, ela não estava mais lá. Conseguiram a façanha de passar uma bicicleta por cima de um muro de uns 4 metros de altura. Fiz um B.O. e ouvi um sinto muito do escrivão.

Com dois meses e cansada da pior tarefa doméstica existente, lavar roupas, resolvi comprar uma máquina-de-lavar usada, mais barata e tudo mais, e não sabia estar ganhando também a chance de ter razão em perder a cabeça e meter a boca em alguém. Acontece que até hoje não consegui usar direito,deu problema duas vezes e agora faz duas semanas que espero o puto vir me entregar a máquina consertada. Pelo menos ainda estava na garantia.

Xô, desgracêra!! Sai de mim, tempo ruim!!!

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Insônia

É isso que acontece quando tenho um dia terrivelmente normal e calmo: insônia. Quando acordei no meio da noite com um incômodo inexplicável que ir ao banheiro, tomar água, adotar dúzias de novas posições na cama não levaram-me de volta ao repousante descanso de um dia vazio, pensei apenas em fazer omelete e o tradicional café preto logo que o horário fosse mais apropriado.
Isto significa que das 3h15 às 6h30 não tive outra alternativa senão assistir televisão, afinal lutar contra a falta de sono é uma causa perdida e ver tv a cabo nem sempre. Talvez tivesse sido melhor se não desse de cara com o History Channel e um programa sobre o "Livro Perdido" de Nostradammus e suas misteriosas e, porque não, alucinantes previsões do fim do mundo. Interessante foi saber que o centro da nossa galáxia está entre as constelações de Sagitário e Escorpião, exatamente na direção da flecha do Minotauro. Já desastroso, como só Nostradammus poderia ser, foi saber que 2012 é o ano em que "one man" irá pôr fim à nossa existência, isso se não mudarmos a tempo o rumo das coisas, essas mesmas que vemos todos os dias anunciadas em revistas e jornais e que até Nostradammus sabia ser necessário um novo paradigma para que a humanidade viva, ao menos, a esperança de dias melhores. Eu sou cética.
Daí, beleza, a terra vai acabar logo mais em meio a dilúvios e labaredas, eu estarei com 32 anos, no auge da maturidade e puta da vida porque não adiantou nada fazer a minha parte. Pois certamente não fará nenhum sentido ficar se culpando quando não houver como lidar com o jeito simples e objetivo de ser da natureza que é seguir se adaptando.

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Vizinhança

Estou neste exato momento (8h00 da manhã!) ouvindo mais uma das milhares discussões que duas vizinhas chatas têm diariamente.
Perfis: irmãs com mais de 40, massagistas na praia e hotéis
Assunto: dinheiro
Acusação: você não traz dinheiro pra casa
Defesa: estou doente, pernas, braços doem
Argumentos de acusação: como vai pagar as contas, você me deve, preciso pagar minhas dívidas
Argumentos de defesa: subir aquela ladeira da praia doe tudo, amanhã eu vou

Seguem as mesmas acusações e defesas, só mudando as palavras. Amanhã será o mesmo, só que com os papéis trocados... isso nunca vai ter fim!

domingo, 19 de outubro de 2008

Surf

Entrei pela primeira vez no mar com uma prancha de surf...um desastre! Vale dizer que a prancha tinha 3 vezes o meu tamanho e eu tive menos de meia hora pra tentar qualquer coisa em cima dela.

foto: fer, noronha, praia da cacimba do padre, fev/2008

Bem, ficar em cima tornou-se o primeiro desafio, claro. Depois de inúmeras tentativas frustradas, cheguei à incrível proeza de furar uma onda, minúscula, pra conseguir entrar no mar. Girar a prancha de modo que ela apontasse para a praia também não foi moleza, mas fui pegando o jeito.
Decidi pegar a prancha de bodyboard e comprovei que eu era ruim mesmo. As ondas passavam, mas ainda que eu estivesse boiando, não me "carregavam". Até que pela primeira e única vez tive o meu momento mágico: ohoohohohohohohoh. Foi ótima a sensação de estréia, embora os infindos fracassos posteriores tenham baixado bastante a minha bola.
É aquilo: "Olhar é fácil, fazer é que é difícil" e "A teoria é muito diferente da prática". Nunca subestime aquilo que você mesmo ainda não foi capaz de fazer.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Subterfúgios Corporativos

Bem, talvez essa série esteja com seus dias contados. Novo emprego, sem antigos funcionários - hotel a inaugurar - e chefe que segue a doutrina budista?!!!
Esperem e verão...ou melhor, não mais verão?!

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ban-cus

depois de constatar que debitaram $25 referente a "*TARIFA RENOVACAO CADAST" da minha conta salário-fome e receber uma explicação-zinha, fiz a seguinte reclamação via internet banking para o Uniban-cuzinho:

"enviei uma dúvida sobre *TARIFA RENOVACAO CADAST cobrada em minha conta e fica uma questão/reclamação: como cliente a menos de dois meses já foi necessária uma renovação de meu cadastro? sendo uma conta salário sem nenhum serviço associado (cartão créd, cheque, cheque especial...), há realmente a necessidade dessa cobrança, ainda mais semestralmente? o q vcs podem observar na análise é que os valores depositados referentes ao meu salário não somam nem 500 $ e com uma renda dessas não posso me dizer uma cliente potencialmente interessante para os seus negócios. se preciso, com esse salário, pagar aluguel, comida e acessos na lan house, como posso dispor desse valor debitado sem aviso prévio da minha conta com essa explicação de que "análise criteriosa dos dados...a fim de prestarmos um serviço que mantenha a qualidade e que esteja de acordo com o seu perfil"? o que concluo é que meu perfil foi muito mal analisado. não agradeço por esse serviço."

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terça-feira, 5 de agosto de 2008

3a. Idade

Numa dessas oportunidades de vivenciar o inesperado, fui parar num trailler de meio de rua, acompanhada de uma boa e refrescante cerveja, feliz sem nem saber o porquê. Quando, um senhor muito idoso, com uma típica boina de pano passa por mim, eu lhe dou um sorriso e ele se vai. Pouco depois ele volta e me pergunta enigmaticamente: muitas coisas que você planejou já aconteceram, não é verdade? E numa daquelas bruxuleantes viagens que nosso pensamento dá, realmente concluí que ele estava certo. Então ele me disse: eu sabia, dá para ver no seu sorriso.
Bem, apesar de parecer roteiro de campanha publicitária de fim de ano e após ouvir de uma amiga que é capaz dele dizer esse texto a todos que passam por ali, parar e pensar sobre os acontecimentos todos e desejos realizados deixou o sabor daquele dia de sol sob árvores e coqueiros e uma brisa ainda mais gostoso.

Citação

Pois no orvalho das pequenas coisas é que o coração encontra sua manhã e se renova.

em "O Profeta" de Gibram Khalil Gibram.

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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Onde ela vai parar

Cante comigo esse reggae:

Fernanda, por onde que tu andas? (4x)

Foi, eu te vi em Assis, você tava lá
Não faz muito tempo, não

Depois te cruzei no Viaduto do Chá
Tu ia pro banco, então

Fernanda, por onde que tu andas? (4x)

Quando me dei conta, você foi parar
No meio do mar, no meio do Atlântico

Agora é em Natal que você foi morar
Onde será que você vai parar?

Se é que vai...

Fernanda, por onde que tu andas? (4x)




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Recomeço - parte MCLXII

Mas assim como tudo que é ambíguo, complexo e constituído de tramas intrincadas, esse tipo de situação não dura muito, pois não desata. Um nó definitivo é dado, marcando a linha que a vida tece. Restaram poucas bagagens, roupas e um algo mais necessário para seguir.
Contando com a sorte que vem como consolação após a maré forte, consegui também um teto e boa acolhida da vizinhança. Tento administrar os novos planos para que o mais breve possa ter casa organizada e um novo labor. E é assim que se faz?

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

o que aconteceu até aqui

Cheguei em 04 de outubro deixando um cargo público, um amor correspondido, família, os melhores amigos e uma megalópoli para ser garçonete no restaurante de uma pousada em Fernando de Noronha, ilha vulcânica à cerca de 400 Km de Natal, ponto mais próximo no continente.

Nada de mais, principalmente depois de concluir que ainda que eu tenha alcançado o objetivo almejado, outros muitos fatores influem negativamente (também pensei em dizer terrivelmente) na disposição para ficar muito tempo mais, e fazem desse paraíso lugar não tão aprazível.

Passei pelas duas fases já previstas (previsíveis?) de euforonha e neuronha e a conclusão é que "a ilha", essa entidade, é a grande culpada pelas misérias humanas locais; quero dizer, a maioria atribui à ilha um poder que, ao meu ver, somente elas mesmas teriam sobre si. Mas como bem conhecemos os mecanismos de sobrevivência e defesa humanos sabemos que somos totalmente capazes de tal façanha.

Senti que euforonha é a natureza: águas límpidas, animais curiosos e dóceis, sol e chuva, duplo arco-íris, vento no rosto, barulho de passarinhos, saber do mar e das marés, subir morros, pescar num platô de pedras vulcânicas, nadar com tartarugas e golfinhos, abrir o olho na água salgada e ver arraias, sardinhas e os peixes maiores que as perseguem, ver o pôr-do-sol escutando o barulho das ondas cuja bruma é verde como a água do mar, dormir na rede e acordar para um novo dia que promete as mesmas ou mais belezas.

Senti que neuronha é o desafio diário de conviver com a gritante diferença entre as pessoas, esse mesmo que todos enfrentamos em qualquer lugar. Vale dizer que num território tão pequeno, dividindo a maior parte do tempo com praticamente os mesmos indivíduos, as chances de esbarrar naquele espírito de porco que te atormenta são muito, muito maiores. As notícias costumam correr muito rápido e a importância dada aos assuntos mais insignificantes é megalomaníaca.

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Série: "O que eu queria ter dito naquela situação"

Esta série será composta por textos sem contexto, algum dia escritos e estavam no momento, que, talvez, não dêem para serem postados, mas assim... !


O que aprendemos com os últimos acontecimentos:

1) quem faz a fama, invariavelmente, deita na cama, portanto, aos acusados sem culpa, fica a lição;

2) aos que dão uma de joão sem braço e deixam outros levarem a culpa saibam que a justiça tarda, mas não falha;

3) como sempre tudo se dá porque é um hábito pensar, antes, em si mesmo.

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sábado, 24 de maio de 2008

Série "Impressões: Nefastas"

- a moça que ensina artesanato na tv usa um molde pra fazer as peças; desde quando isso passou a ser considerado um ofício manual?

- pessoas que se julgam acima da média fazem jantar à beira da piscina e cortam as flores das plantas em volta para enfeitar a mesa e jogar pelo chão...?! se são tão superiores por que não podem apreciar as flores no pé?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Barabarella No Espaço

Como estou numa forte fase de revisitação dos clássicos vou recomendar enormemente o filme "Barbarella" com a linda jovem Janie Fonda. Trata-se de uma sátira sexual espacial, as aventuras da heroína e superpoderosa terráquea Barbarella em um distante e, por que não?, bizarro planeta. Vale a pena ver a engenhosidade dos produtores e diretores, as atuações totalmente coerentes com a proposta e as impagáveis metáforas sexuais, sendo a minha preferida uma máquina que eu apelidei de "orgasmotron" onde o Dr. Duran Duran prende a protagonista e esta consegue fazê-la "pifar"! Sensacional, confiram, de preferência, sob influência.

domingo, 27 de abril de 2008

aconteceu no alojamento

A novidade da semana no alojamento foi a nova tentativa de conscientização da galera para não deixar a louça suja em cima da pia criando vida.
Acontece que desde que cheguei reclama-se da desorganização dos lugares coletivos da casa. Passei a concordar após poucos dias vendo sempre pela manhã ao ir passar meu café o estado de calamidade, ajudado pelos bichos e falta de acabamento e manutenção do local em si.
Comecei fazendo a minha parte e sempre que tinha disposição dava um trato a mais. Só que lutar uma guerra sozinha cansa e fazer o meu foi o máximo que consegui até agora. Desde que comecei a ser "síndica" (arrecado a grana e faço as compras de produtos de limpeza, gás, e presto contas) também achei que caberia propor um novo jeito de ver as tarefas. Ouvi as pessoas e coloquei no papel alguns pontos como um tratado de boa convivência e sugeri uma divisão mais justa e menos cansativa da limpeza. O resultado foi concluir que as pessoas não têm hábito de leitura e nem interesse em mudanças, coisas novas. Não leram o papel que colei na parede da cozinha e, por exemplo, continuaram a limpar lugares que não precisavam limpar por ser responsabilidade de outros. Claro, tratando-se de adultos o que se espera é que uma conversa que chegue num consenso seja suficiente para esclarecer a importância de pensar minimamente no próximo, mas a dura realidade é que não basta ser adulto tem-se que ser maduro e aí mais uma boa parte da esperança de uma casa melhor acaba de descer pelo ralo. Uma, duas, cinco, quinze conversas e nada. Alguns momentos de desabafo e o azar de pegar alguma moradora na TPM e nada.
Só que neste sábado de folga acordei e avistei pratos e potes espalhados pela varanda da frente. Fui fazer café e tinham mais pela sala e cozinha, lavanderia e varanda lateral, formando um círculo em torno da casa. Tratava-se da louça que no dia anterior eu havia fotografado em cima da pia, pois pretendia colher algumas imagens para mostrar no momento apropriado a quem pudesse fazer outro tipo de frente ao problema. Achei o máximo; quisera eu ter pensado em algo tão original! hahahaaaa
Agora, se vai surtir efeito...só o tempo dirá!

domingo, 20 de abril de 2008

não basta querer

Ainda que eu quisesse um pôr do sol à meia noite, desejasse com todas as minhas forças, isso não aconteceria. Que mania minha de querer as impossibilidades. E se essa, uma certeza aceitável, alto e claro e em bom som de Tom Jobim ou Caymmi ou esse que se gosta mais nesses momentos e interpreta essas palavras em notas que tocam além de qualquer certeza, acalma a bateção de martelos em têmporas. Mas sei de um lugar onde seria possível: um quarto escuro em silêncio profundo que num piscar aproxima a visão do intangível, tão em paz que me permite sonhar de olhos abertos.
Como gosto de dizer, tudo é possível, já que não podemos ver o futuro, o que ainda não aconteceu, e não temos como controlar todos os fatores necessários para que determinado fato ocorra; então, qual o engano? Ter esperança toma tempo.

Crimes e Pecados

Fantástico o filme "Crimes e Pecados" de Woody Allen. Uma das primeiras amostras da genialidade deste cineasta e suas histórias muito bem elaboradas, diálogos e falas simples e profundas e quase sempre com um desfecho hilariante e sarcástico; os tradicionais atores daqueles pouco explorados pela indústria hollywoodiana e talvez por isso mesmo excelentes; terão o prazer de conhecer o prof. louis levy e suas teorias; usa cenas de filmes antigos com histórias iguais a do próprio filme e diz que situações como as encenadas não acontecem na vida real...assista!

terça-feira, 15 de abril de 2008

USE FILTRO SOLAR

O Dr. L'oreal descobriu o filtro solar que bloqueia e absorve os raios ultravioletas antes de serem absorvidos pela pele. Por isso temos que repassar o produto após certo tempo senão a capacidade de absorção fica saturada.

notícia velha

Eu acho que já falei disso, mas amadureci a idéia de que assistir a noticiários de TV não é lá uma coisa realmente útil para as pessoas. Após meses sem contato, estavam lá com a mesma mania de levantar falsas polêmicas, matérias exclusivas que simultaneamente são exibidas em todos os outros telejornais daquele dia, imagens compradas de voyers violadores da privacidade alheia e tendo como único objetivo alertar as pessoas sobre o que elas já sabem: que vivem num mundo absurdo e que está morrendo, que seu país é ridículo, que sua cidade é repleta de babacas e que tudo isso é controlado por um bando de imbecis. Acredito que ninguém precisa ver diariamente diferentes exemplos do que podemos constatar o que o sol de cada manhã nos obriga a vivenciar.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

questão

Gente, o que será que sente um refém? Será que a gente sabe?

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Eu sinto saudades das coisas boas.

Era uma vez...



Tá, então tem uma ilha onde de uma pista de pouso dou passagem a todos os meus amigos e na cabeça deles a vontade de estar aqui também e a vontade de viver um lugar que chamaríamos de abrigo e cuidaríamos pois nele pisamos e nossos pés nem reclamam dos calos porque não importa. Trabalharíamos uns para os outros como sempre foi, só que seria legal. E não faríamos diferente porque, veja só, pensamos coletivamente num movimento de sentido único que é de pensar em fazer o bem, daí o que vem é consequência do bem. Mais bem, mais bom, mais feliz. Qualquer lândia serviria, só para ter um nome que as crianças achassem incrível. E elas, também felizes, assim cresceriam porque não tem que ser diferente. Muita atenção às crianças, elas sofrem mais por menos, nem pensar em sofrimento, pois há uma boa explicação para os motivos que tenho para chorar. A ilha bóia em água que fura e por que segura? Porque nos cuidamos e nos preocupamos uns com os outros, se vai tudo bem mesmo e não só aquele de cumprimentos autômatos. Se eu perguntar: como está? Você responde: tudo bem, então meu coração bate tranquilo e vou até o final da ilha para voltar e perguntar de novo e se aí tiver uma pedra, eu chuto ela para você não tropeçar. A ilha bóia e não sai do lugar.

Sem Futuro

Tô com uma raiva tão grande de saber que não posso mudar as coisas de como elas são porque essência é essa craca que não desgruda, pior que mula quando empaca. Mas não muda porque a ignorância é inerente, esse não querer saber de nada, nada, nada, só de alguma coisa que não tem nome e que falemos baixo para não acordá-la. Vai se danar, ignorância, e por mais que eu grite, não adianta, a ignorância, ao contrário do que muitos pensam, não é burra, é surda de nascença. Você explica, explica e só recebe um sorriso - daqueles que se dá para disfarçar o desinteresse, reflexo de uma apatia cronificada. Daí tem os que justificam tal comportamento pelo fator "falta de oportunidade, de acesso ao saber". Mas para saber não é preciso diploma, é preciso vontade e quem a tem e se interessa, presta atenção, e se fica com dúvida, pergunta.
Querer inocentar a ignorância pela falta de acesso é fazer vista grossa e subestimar a capacidade de interesse. Meu pai não é engenheiro como meu irmão, mas ao contrário desse, foi capaz de construir uma réplica em menor escala de uma casa em madeira somente olhando por alguns minutos o trabalho de um artesão que conheceu.
Ignorar é a ação praticada pelo homem que está levando à destruição de seu habitat, à morte de sua cultura e, portanto, ao encurtamento do seu futuro.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sem Lugar

Não adianta eu tentar correr desse sentimento de não querer estar onde estou, porque assim que eu aterrisar onde desejo, logo saberei que não cheguei onde queria e precisarei sair para me reencontrar.