sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

O que me resta

Muito interessante o site !OkCupid! sugerido no Tropeçoína. Testei o "Gaydar" e tive 80% de acertos, com melhor desempenho em identificar as bibas do que as lésbicas. Não é a toa que não pego ninguém a tempos!
Lá também fiz o "Death Test", meio longo, mas tinha que ser já que pretende indicar uma data provável da morte dos testandos. O resultado foi:

According to our research, you'll be dead by July 2059 at age 79.

- probable cause -

CANCER

YOU DIE: 79.4 years

AVERAGE FEMALE LIFE SPAN: 77.1 years

As you can plainly see, you have more health & vitality than the average woman. (boa notícia, hein?)

WHY YOU DIE?
56% cancer
24% car accident
13% overdose (interessante...)
5% drowning of the lungs (alguma coisa nos pulmões...)
2% wounds (feridas?!genérico)

You have 19182.7 days left on this earth.
You've already lived 34% of your life.

Tudo dentro do planejado. Embora não haja nenhum caso de câncer na minha família... ainda mais no cérebro como sugere a figura acima. Mas é só o que se pode esperar de um poço de obsessividade como eu! Nenhuma novidade.
Do jeito que eu sou, provavelmente quando descobrir que tenho um câncer, vou me entupir de drogas, pegar um carro e desmair no volante caindo de uma ribanceira, bem ao estilo hollywoodiano. Ah, daí entram as feridas, sacou?! E é claro, não vai restar muito dos meus pulmões.
Segue um comentário que deixei ao Mirafuegos. Leiam a sua sugestão de leitura:

Tenho vivido, ou melhor, queimado neurônios com essa coisa de globalização que já não vejo com bons olhos. Mas ao mesmo tempo a união de fronteiras, como a Comunidade Européia, parece interessante, ainda mais com a perspectiva (li sobre no jornal ou ouvi na CBN) da quebra de barreiras facilitar o deslocamento, passando a ser mais comum o viver em outras culturas, realizando diferentes trabalhos por algum tempo em diferentes países, unindo essa idéia ao fato de termos uma maior expectativa de vida e poder diversificar esta vivência na tentativa de torná-la menos monótona do que já é...
Mas nada disso importa se todo e o pior peso destas tranformações não recaísse sempre sobre os mais fracos, lei do capitalismo que é ignorada já que quem se beneficia dele passa a ignorar este detalhe que acaba se tornando pequeno e facilmente contornável com um pouquinho de assitencialismo e o exercício mental de compaixão, essa coisinha bem cristã, que também não leva a nada, só a uma auto-limpeza de espírito, igualmente possível após rezar duas ave-marias e um pai nosso.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Subterfúgios Corporativos

Mais um bom exemplo de como aliviar as tensões no ambiente de trabalho.
Você que já tem um tempo de casa e captou o clima dos seus companheiros de setor, parta para o corpo a corpo (no melhor dos sentidos, é claro) e faça uma pesquisa de campo para saber o que eles pensam sobre o seu superior.
É praticamente certo que 99,9% deles acharão o mesmo que você: o chefe é sim um mala folgado e explorador, ainda que de vez em quando ele tente ser seu amigo. Aliás, quando ele tenta isso é porque precisa de algum favor.
Então, junte-se aos colegas de trabalho e pratique o esporte preferido nas corporações: falar mal do chefe. Descarregue seus sentimentos mais profundos e encoraje seus amigos a fazerem o mesmo; evite, desta forma, acumular energias negativas que poderão se tornar um câncer dentro de você. Nossa!

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Coisas...

Ontem assinei o Netmovies e hoje recebo o primeiro filme: Dogville. É, ainda não assisti e espero ter uma boa surpresa, pois não sei do que se trata apesar de já ter ouvido que é bom e tudo o mais.
O que não quero e ter nenhuma surpresa com o serviço que, ao meu ver, é revolucionário em matéria de locação de filmes. Está um absurdo uma locação por aqui, R$5 um DVD. Sim, há opções mais baratas, mas naqueles pulgueiros e com aqueles títulos. É muita cara de pau exibir na prateleira de lançamentos coisas do tipo "Quero ficar com Polly", ou então, quando pergunto: "Quais filmes do David Lynch vocês têm?" e ver o balconista torcer o nariz querendo dizer "do que você está falando?". Triste!
Na ótima locadora perto de casa tem quase tudo, e quando pergunto sobre Twin Peaks, a gracinha da senhorinha que me atende já completa - Lynch, deixa eu ver se está locado? Mas é claro que isto tem um preço, exatamente R$5 por DVD, lançamento ou não! Fora o compromisso que muitas vezes se tornar uma missão impossível que é ter que devolver no prazo!
Se tudo der certo, pretendo estender o prazo da assinatura deste serviço. Agora só falta um gravador de DVD pra começar a montar a minha filmoteca particular...he-he-he

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Subterfúgios Corporativos

Uma colaboração ilustre para esta série, diretamente da diretoria da minha repartição, para este que é um dos maiores, senão o maior dilema de todos os trabalhadores do mundo: como tirar um cochilo e ainda ser respeitado nesse seu momento solene!
Lá vai: sentado, aí mesmo na sua mesa, apóie a cabeça levando as mãos abertas à testa, na altura das têmporas. Encaixe bem a coluna no quadril para não ficar dando trancos e relaxe... Ainda que entorpecido(não é pra morrer e sim pra relaxar!), você será capaz de notar qualquer aproximação ou chamado. Não se assuste! Antes de levantar a cabeça, faça o sinal da cruz e só então se dirija à pessoa, - Pois não?
Não há nenhuma necessidade de se explicar e a pessoa ficará ou assustada ou tão penalisada com o seu gesto, que nem perguntará nada!

Uh-huuu!

E já tucanaram o subterfúgio. Segundo uma amiga, estamos aqui tratando, nada mais, nada menos do que de "Estratégias de defesa individual ou coletiva", conceito criado por Dejours. É mole... é mole mais sobe! E viva o Zé Simão!

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Subterfúgios Corporativos

Pretendo com este post iniciar uma série - que pode se mostrar infindável - para revelar os pequenos e grandes truques de como tirar o corpo fora nos difíceis momentos vividos em nossas longas jornadas de trabalho.
É fato que passamos uma considerável parte de nossas vidas envolvidos com questões de trabalho e também é fato, não se pode negar, que estamos mais é querendo que tudo se exploda. Por isso mesmo, sempre que possível e até como mecanismo de defesa, damos nosso jeitinho para aliviar a pressão de certas inconveniências que permeiam o cotidiano laboral e, assim, todos saírem ganhando: seu chefe, satisfeito com seu desempenho; seu cliente, com o seu empenho; seu fornecedor, com sua fidelidade; e você, é claro, a salvo de qualquer crise de consciência, afinal, você, igual a todos, só estava pensando no seu próprio bem.
Para tanto, conto com a participação daqueles que por aqui passarem nesse que pode se tornar o grande Compêndio dos Subterfúgios Corporativos ou então Manual dos Subterfúgios Corporativos: como dar uma de joão-sem-braço e ainda sair por cima.
Poderia lançar idéias para alguns verbetes, tais como:

- Em cima da hora não é atrasado!
- Poder de síntese: relatórios de uma página.
- Histórico de visitas do Internet Explorer: um espião a seu favor.

Gostaria, porém, de deixá-los à vontade para compartilharem seus ricos conhecimentos com total liberdade e desprendimento. E rogo: Trabalhadores Assalariados, Uni-vos!, que no final tudo dá certo.

Abrindo a série:

- Ligações pedindo doação: com pesar e uma voz doce, diga antes mesmo que termine as apresentações, - Desculpe, mas eu trabalho em um PABX e preciso atender a outras ligações! Tchau! - para maior deleite, aguarde uns segundos na linha após a deixa para ouvir o ah! de decepção do outro lado da linha. E para aqueles que ficam com dó, não se esqueçam, o outro que vos fala não passa de um operador de telemarketing desfarçado de Madre Teresa.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Série Impressões: Nefastas

Não é odioso quando você está lendo uma coisa* e tem lá um asterisco ou um numerinho numa palavra e você fica que nem idiota** procurando pela página, revirando todo canto e não encontra a explicação daquele maldito*** sinal.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Cada um, cada um...

E não é que exatamente agora quando resolvo postar algo, já vi que existem opiniões totalmente contrárias às minhas antes mesmo de começar!
Dei uma passadinha pelas Memórias do Subsolo de uma amiga e lá estava ela concordando com o seu amigo sobre seus sentimentos em relação ao teatro. Eu a adoro, mas como nós discordamos de algumas coisas, nossa, é incrível... e engraçado...
Eu ia justamente falar da ótima e hilária peça que fui assistir ontem, "A casa dos budas ditosos", monólogo com a Fernanda Torres, baseado no livro homônimo de João Ubaldo Ribeiro. O livro é demais, uma história escrabosa de uma bahiana de 68 anos narrando sua vida de devassidão e luxúria e que, encarnada no teatro, me deu a impressão, que às vezes não vivemos com muita intensidade quando lemos um livro, da possibilidade de tudo aquilo ser real. Aí está a missão do ator de teatro: estar ali, em carne e osso, contando, e mais, vivendo aquela história.
Nossa, cheguei a ficar tão envolvida pela interpretação que deu vontade de levantar a mão e perguntar mais detalhes sobre a vida daquela bahiana, quebrar aquele mono e estabelecer um diálogo. É claro que para isso é preciso se deixar levar, deixar as nuances de luz, som, cenário e figurino entrarem na sua imaginação.
Mas vejam bem, eu também não sou daquelas que se debulha em lágrimas quando o mocinho morre no colo da mocinha, mas respeito e considero algumas interpretações geniais no palco e que acabam fazendo a diferença na maneira de ver, traduzir um texto.
Eu gosto muito dessas manifestações artísticas - teatro, cinema, artes plásticas, pintura, desenho, gravura... - sou figurinha carimbada de exposições, bienais e museus. Sinto uma grande satisfação quando saio destes lugares me sentindo diferente de quando entrei, com a impressão de que nunca mais serei a mesma depois de passar por aquela experiência. Não é tudo que acho o máximo, mas fico admiradíssima com a sutileza e inteligência de algumas obras, são um convite à reflexão, verdadeiras demonstrações de inventividade e de que não há somente uma linguagem possível.