Mais um tapa na cara da realidade que levo nesta penúltima semana do mês de Outubro.
Durante um dos momentos da minha atividade laboral, que tinha por finalidade a produção de Raviólis de Queijo, o meu companheiro mais jovem da produção começa a relatar a "particular" atividade desenvolvida por um de seus amigos.
O tal rapaz possui uma chave que abre orelhões. Só com essa informação já é possível, logo de saída, pensar numa sacanagem bem interessante a se fazer, não é? Pois é, o que exatamente este cidadão fazia era abrir o aparelho e quebrar uma trava que faz com que os cartões caiam dentro do telefone. Depois, a pessoinha passava no caminho de volta recolhendo os cartões engolidos e os vendia na faculdade a preço reduzido e ganhava, assim, o dinheiro para o seu lanche. Não é engenhoso o criminoso? he...
A minha indignação fica menos por conta do espírito de porco deste garoto e mais por ter tido que ouvir as justificativas que meu companheiro de trabalho me dava para convencer-me de que seu amigo não estava cometendo uma grandessíssima sacanagem. Coisas do tipo: "ah, a pessoa que foi telefonar é que é burra, porque ela empurra tanto o cartão...", ...mas é para ele comprar o lanche... (como se as pessoas tivessem alguma coisa a ver com a larica do rapaz!)", e uma seqüência fabulosa de razões incoerentes colocadas de maneira tão naturalmente impensada que me fez perguntá-lo: Você está falando sério, você está só dando uma de teimoso, né?". E a resposta foi não, tão sincera quanto suas próprias razões em considerar uma barbaridade dessas algo normal, eu diria até, exemplar.
Essas situações me fazem pensar, até onde chegamos, e o que pode ser pior, até onde iremos chegar? Sinceramente: eu não quero estar aqui para ver.
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