terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Mais um tapa na cara da realidade que levo nesta penúltima semana do mês de Outubro.
Durante um dos momentos da minha atividade laboral, que tinha por finalidade a produção de Raviólis de Queijo, o meu companheiro mais jovem da produção começa a relatar a "particular" atividade desenvolvida por um de seus amigos.
O tal rapaz possui uma chave que abre orelhões. Só com essa informação já é possível, logo de saída, pensar numa sacanagem bem interessante a se fazer, não é? Pois é, o que exatamente este cidadão fazia era abrir o aparelho e quebrar uma trava que faz com que os cartões caiam dentro do telefone. Depois, a pessoinha passava no caminho de volta recolhendo os cartões engolidos e os vendia na faculdade a preço reduzido e ganhava, assim, o dinheiro para o seu lanche. Não é engenhoso o criminoso? he...
A minha indignação fica menos por conta do espírito de porco deste garoto e mais por ter tido que ouvir as justificativas que meu companheiro de trabalho me dava para convencer-me de que seu amigo não estava cometendo uma grandessíssima sacanagem. Coisas do tipo: "ah, a pessoa que foi telefonar é que é burra, porque ela empurra tanto o cartão...", ...mas é para ele comprar o lanche... (como se as pessoas tivessem alguma coisa a ver com a larica do rapaz!)", e uma seqüência fabulosa de razões incoerentes colocadas de maneira tão naturalmente impensada que me fez perguntá-lo: Você está falando sério, você está só dando uma de teimoso, né?". E a resposta foi não, tão sincera quanto suas próprias razões em considerar uma barbaridade dessas algo normal, eu diria até, exemplar.
Essas situações me fazem pensar, até onde chegamos, e o que pode ser pior, até onde iremos chegar? Sinceramente: eu não quero estar aqui para ver.

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