Ultimamente estou como uma criança prestes a ter o seu primeiro dia de aula na escola. Mais ansiosa que torcida brasileira em decisão de copa do mundo nos pênaltis. Um horror!
Estou à procura do emprego que poderá mudar minha vida, mas ando tendo pesadelos com o proceso de seleção. São tantas coisas óbvias que não se deve fazer, ou outras mais óbvias ainda do que se deve fazer, que fica um buraco negro naquela parte que diz o que verdadeiramente o selecionador espera de você.
Por exemplo, sei que não devo colocar o dedo no nariz e que devo versar com confiança e entusiasmo sobre minhas habilidades e competências, mas o que vou fazer se por acaso eu for sósia da ex-noiva do atual namorado da selecionadora e, inconscientemente, ela não for com a minha cara? Não é aconselhável mentir, e menos ainda ser realmente sincera; e etc.
Com tanta gente à procura de um espaço, com qualificações parecidas, detalhes andam fazendo a diferença, mas quais? Não quero ser subestimada porque no dia da entrevista acordei com uma espinha no queixo ou porque cruzei a perna para o lado da porta e isto quis demonstrar que eu estava mais é querendo ir embora. O corpo fala, eu sei, mas será que eu vou ter que gritar para ser ouvida?
Por mais escaldada que esteja e sabendo de todos os senãos envolvidos, ainda assim não confio muito nestes processos, muito menos nos selecionadores, esses colegas de formação que, como já presenciei muitas vezes, não dão o mínimo de acolhimento ao candidato, quem dirá atenção: longas esperas para testar a paciência, olhares desconcertantes como se contasse os botões da sua camisa, falsa simpatia aos montes, promessas vazias e observações desnecessárias. Mas a pior de todas é aquela que faz o papel de "lobo mau" na histórinha da seleção e se basta a ser estúpida, grosseira e mal educada com os candidatos só para fazer uma pressão, ver como eles reagem.
Será que então não é melhor nos colocar numa caixinha...(continua)
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Utilidade Pública
Hoje meu horóscopo atentou para o fato de eu fazer alguma coisa em prol da humanidade, então lá vai: NÃO ESQUEÇAM DE FAZER A DECLARAÇÃO DE ISENTO, até dia 30 de novembro, mesmo aqueles que estão fora do país. Acessem Receita Federal.
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Série Impressões: Nefastas
Já faz tanto tempo que a avó do Manuel dizia e eu não havia me dado conta da profundidade desta afirmação: "O MUNDO É FABULOSO, O SER HUMANO É QUE NÃO É LEGAL"!
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
Série Impressões: Nefastas
Hoje mesmo, pela manhã, no caminho de todos os dias para o trabalho, andava, como sempre, ensimesmada quando me deparei com uma pequena porção de cimento fresco com duas pegadas bastante profundas: uma daquelas típicas de cachorro e outra, de um típico ser humano idiota.
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Já ouviu falar do Piauí?
Para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer o Piauí, eu recomendo. É simplesmente ótimo!!
Não, não andei me aventurando pelo Norte do país, mas vivi experiências bastante inusitadas lendo a nova revista que chegou às bancas no último mês: Piauí.
Nem adianta perguntar porquê este nome, pois ninguém da redação sabe explicar e isso é realmente o menos importante. Esta revista mensal, em formato tablóide, adota uma filosofia bem diferente das nossas já bem conhecidas revistas: não tem editorial, ou seja, não manifesta ou defende nenhuma opinião sobre nenhum fato em nome da própria revista; não tem matérias assinadas, aquelas que todo mês o mesmo cidadão repete as mesmas opiniões; tem como bandeira o bom humor e a liberdade de expressão realmente libertária, onde todos têm espaço, os de direita, de esquerda, do centro, os de cima e os de baixo; aborda os mais variados assuntos e conta com a sagacidade de escritores de olho bem vivo, que não dispensam comentários pertinentes ainda que na contra mão da aparente intenção da matéria... a Piauí é demais!
Como comentou Calligaris na Folha de SP, é possível "viajar" para todos os cantos sem sair do sofá: conheci a delicada arte/técnica de um dos maiores provadores e classificadores de café do mundo, um brasileiro do RJ que começou como office boy na empresa em que trabalha a décadas; me diverti e me assustei com as nuances da profissão mais insalubre dos tempos modernos - os operadores de telemarketing; conferi nas últimas páginas, numa sessão de fotos dos momentos importantes e agoniantes da nossa história, clicks inusitados e de muito efeito das CPI´s do mensalão e dos sanguessugas...Ah, tem também um conto inédito de Rubem Fonseca, a vida de Berthold Brecht em quadrinhos e uma bem humorada e extensa tira sobre a não menos interessante vida do hipopótamo.
Enfim, temos a disposição um novo meio de comunicação e expressão que promete ser mais humano, mais inteligente, cultural e multimídia, e menos disfarçada e pretenciosa do que outras "magazines" que por aí se apresentam. Ao ler vocês verão, ela deixa aquela sensação de coisa caseira, familiar, como os cafés da manhã de domingo, de pijama e meias e uma esfumaçante xícara de café.
Não, não andei me aventurando pelo Norte do país, mas vivi experiências bastante inusitadas lendo a nova revista que chegou às bancas no último mês: Piauí.
Nem adianta perguntar porquê este nome, pois ninguém da redação sabe explicar e isso é realmente o menos importante. Esta revista mensal, em formato tablóide, adota uma filosofia bem diferente das nossas já bem conhecidas revistas: não tem editorial, ou seja, não manifesta ou defende nenhuma opinião sobre nenhum fato em nome da própria revista; não tem matérias assinadas, aquelas que todo mês o mesmo cidadão repete as mesmas opiniões; tem como bandeira o bom humor e a liberdade de expressão realmente libertária, onde todos têm espaço, os de direita, de esquerda, do centro, os de cima e os de baixo; aborda os mais variados assuntos e conta com a sagacidade de escritores de olho bem vivo, que não dispensam comentários pertinentes ainda que na contra mão da aparente intenção da matéria... a Piauí é demais!
Como comentou Calligaris na Folha de SP, é possível "viajar" para todos os cantos sem sair do sofá: conheci a delicada arte/técnica de um dos maiores provadores e classificadores de café do mundo, um brasileiro do RJ que começou como office boy na empresa em que trabalha a décadas; me diverti e me assustei com as nuances da profissão mais insalubre dos tempos modernos - os operadores de telemarketing; conferi nas últimas páginas, numa sessão de fotos dos momentos importantes e agoniantes da nossa história, clicks inusitados e de muito efeito das CPI´s do mensalão e dos sanguessugas...Ah, tem também um conto inédito de Rubem Fonseca, a vida de Berthold Brecht em quadrinhos e uma bem humorada e extensa tira sobre a não menos interessante vida do hipopótamo.
Enfim, temos a disposição um novo meio de comunicação e expressão que promete ser mais humano, mais inteligente, cultural e multimídia, e menos disfarçada e pretenciosa do que outras "magazines" que por aí se apresentam. Ao ler vocês verão, ela deixa aquela sensação de coisa caseira, familiar, como os cafés da manhã de domingo, de pijama e meias e uma esfumaçante xícara de café.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
Série Impressões: Nefastas
A cada dia se acumula mais um pinguiho de desconfiança desse contador que instalei no blog. Quem poderiam ser essas pessoas acessando meu site do Reino Unido, Argentina...? Começo a acreditar que ele segue a filosofia do "La garantia soy jo".
Série Impressões: Nefastas
Aqui, da esfera privada, do mundinho que só o meu umbigo tem a noção do que se passa, a coisa anda feia, pra não dizer assustadora, mas com um, ainda pendente, fiozinho de esperança.
Desaprendendo com a vida
Passei recentemente por algumas situações que me fizeram rever profundamente o significado da palavra confiança.
Acredito nunca ter ponderado sobre se podia ou não confiar em alguém, principalmente ao se tratar de amizades. Assim que me sentia envolvida fraternalmente com alguém, o que no meu caso significa alguns meses de contato, me sentia a vontade para falar da minha vida, meus planos para o futuro, opiniões sobre os mais variados assuntos e pessoas.
O que mudou em tudo isso foi me dar conta de uma coisa que Renato Russo já alertava desde os longínquos anos 80: "Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim". E foi justamente isso o que me aconteceu, ou vem acontecendo, desde que voltei a esta metrópole, ou pelo menos isto vem acontecendo com maior freqüência e envolvendo questões mais graves. Isto quer dizer que a cerca de três anos tenho sido ludibriada pela maioria das pessoas com quem estabeleci algum tipo de contato, freqüentei suas casas, convidei-as a freqüentar a minha, prestei favores, emprestei até dinheiro, acreditem, e o que ganhei foi a traição, na concepção mais anti-higiênica da palavra.
Quando me recordo de algumas situações, ao abrir meu coraçãozinho, acreditando no acolhimento e, realmente, confiando que estava sendo ouvida e compreendida...fico puta da vida, me achando uma verdadeira pata de não ter percebido antes o chocalho da víbora serpenteando na minha cara, só a espera do bote. E que ainda me deixei levar, perdoando alguns deslizes, tentando entender o que estava acontecendo.
Na verdade não havia nada para entender, era aquilo mesmo, estavam abusando da minha bondade e ingenuidade para atingirem seus fins escusos.
O que tirei disto tudo foi a dura lição de que para se confiar em alguém de agora em diante é melhor não confiar. E assim não ter a minha vida escancarada aos sete ventos, passada de orelha em orelha como um jogo de´telefone sem fio’, a interpretarem como bem entendem e ainda desferirem julgamentos baseados em suas próprias experiências torpes, segundo os seus nada bons sensos.
Aos raros amigos que já demonstraram por muitas vezes o seu caráter, gostaria de agradecê-los, pois se assim agiram foi realmente por sua integridade e respeito, coisa que me sinto, mais do que nunca, na obrigação de lhes retribuir.
Infelizmente, uma pessoa de caráter é coisa rara de se encontrar, mas ainda que eu venha a ser ludibriada por mais alguma (e acho sinceramente que ainda vai acontecer!), vou procurar me manter como venho fazendo: com minha dignidade intacta e a crença inabalável no respeito e na boa educação.
Acredito nunca ter ponderado sobre se podia ou não confiar em alguém, principalmente ao se tratar de amizades. Assim que me sentia envolvida fraternalmente com alguém, o que no meu caso significa alguns meses de contato, me sentia a vontade para falar da minha vida, meus planos para o futuro, opiniões sobre os mais variados assuntos e pessoas.
O que mudou em tudo isso foi me dar conta de uma coisa que Renato Russo já alertava desde os longínquos anos 80: "Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim". E foi justamente isso o que me aconteceu, ou vem acontecendo, desde que voltei a esta metrópole, ou pelo menos isto vem acontecendo com maior freqüência e envolvendo questões mais graves. Isto quer dizer que a cerca de três anos tenho sido ludibriada pela maioria das pessoas com quem estabeleci algum tipo de contato, freqüentei suas casas, convidei-as a freqüentar a minha, prestei favores, emprestei até dinheiro, acreditem, e o que ganhei foi a traição, na concepção mais anti-higiênica da palavra.
Quando me recordo de algumas situações, ao abrir meu coraçãozinho, acreditando no acolhimento e, realmente, confiando que estava sendo ouvida e compreendida...fico puta da vida, me achando uma verdadeira pata de não ter percebido antes o chocalho da víbora serpenteando na minha cara, só a espera do bote. E que ainda me deixei levar, perdoando alguns deslizes, tentando entender o que estava acontecendo.
Na verdade não havia nada para entender, era aquilo mesmo, estavam abusando da minha bondade e ingenuidade para atingirem seus fins escusos.
O que tirei disto tudo foi a dura lição de que para se confiar em alguém de agora em diante é melhor não confiar. E assim não ter a minha vida escancarada aos sete ventos, passada de orelha em orelha como um jogo de´telefone sem fio’, a interpretarem como bem entendem e ainda desferirem julgamentos baseados em suas próprias experiências torpes, segundo os seus nada bons sensos.
Aos raros amigos que já demonstraram por muitas vezes o seu caráter, gostaria de agradecê-los, pois se assim agiram foi realmente por sua integridade e respeito, coisa que me sinto, mais do que nunca, na obrigação de lhes retribuir.
Infelizmente, uma pessoa de caráter é coisa rara de se encontrar, mas ainda que eu venha a ser ludibriada por mais alguma (e acho sinceramente que ainda vai acontecer!), vou procurar me manter como venho fazendo: com minha dignidade intacta e a crença inabalável no respeito e na boa educação.
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