Dúvidas. Perguntas sem respostas. Desesperança. Incredulidade. Ceticismo.
Um pequeno roteiro das sensações que me acompanham todos os dias. Acordo me perguntando se vale a pena sair da cama. Sem resposta e contas para pagar. Mas para quê me preocupar se os dias se tornam cada vez mais iguais: um "bom dia" por educação, falar para ouvidos surdos e caras de paisagem, falta de respeito com o próximo, com o meio-ambiente e, não raro, ser subestimada em minha parca inteligência, pois, afinal, quem sou eu mesmo?
Aí tem sempre alguém de opinião formada, seguro de si, cheio de auto-estima e as mesmas contas para pagar, com seu discurso equilibrado e humanista para te condenar pelo seu pessimismo irracional; afinal, apesar de estar tudo um lixo a gente tem mais que correr atrás e ser comprensível com a miséria alheia. Para mim, isso tá mais para comercial de margarina onde o dia está sempre ensolarado e a empregada adora preparar o seu lanchinho favorito. Bem realista, não é? Não é isso o que todo o mundo quer? Ah, então, nem sou tão diferente assim do restante da humanidade...ufa!É o fio que me prende à neurose e não me deixa cair no poço disforme da psicose.
E se eu fosse suficientemente criativa e talentosa e usasse isso para criar uma grande obra-prima que ultrapassaria séculos influenciando os grandes intelectuais, talvez assim eu pudesse ser mais útil. Mas menos que isso é considerado uma grande perda de tempo.
Mais razões para parar do que para continuar. Que fiquem registradas as entrelinhas.
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