Não é que eu procure razões que me façam mais uma vez me queixar desse mundo, dessa sociedade, mas as coisas acontecem como um tapa na cara que chega de surpresa e me leva a questionar e execrar o sistema.
Um fim de semana casual com a particularidade de que saí às ruas para participar da 8ª Caminhada Lésbica de SP, no sábado, ótima alternativa ao tumulto e desarticulação da Parada do Orgulho Gay no domingo. A maior manifestação do país em prol da comunidade gay infelizmente foi transformada em mais uma festa do calendário turístico da cidade, claramente revelado nos noticiários como oportunidade de vendas/negócios/lucro e essas coisas que me fazem vomitar. E o que era mais um motivo de orgulho, um evento pacífico virou oportunidade de roubos, furtos e violência física.
Um fim de semana casual com a particularidade de que saí às ruas para participar da 8ª Caminhada Lésbica de SP, no sábado, ótima alternativa ao tumulto e desarticulação da Parada do Orgulho Gay no domingo. A maior manifestação do país em prol da comunidade gay infelizmente foi transformada em mais uma festa do calendário turístico da cidade, claramente revelado nos noticiários como oportunidade de vendas/negócios/lucro e essas coisas que me fazem vomitar. E o que era mais um motivo de orgulho, um evento pacífico virou oportunidade de roubos, furtos e violência física.
Então, devo dizer que participar desses eventos me faz sim orgulhosa e ainda alimenta aquela colher de café de esperança num mar de intolerância, mas ainda é triste e dolorido ouvir certos comentários, piadinhas e desinteresse de modo geral, inclusive dos participantes que não ouvem as falas dos ativistas e estão mais a procura de paqueras e flertes.
Pois que numa sequência impensável dos fatos, volto para casa mais cedo do que imaginava, porque o show previsto para o final do evento foi vetado pela prefeitura, e assim que abro a porta sou recebida aos gritos do meu pai e prantos da minha mãe! Estavam preocupadíssimos pois receberam um trote por telefone de que eu havia sido sequestrada e torturada. Uma voz de mulher implorando ajuda e um homem exigindo $10 mil.
Fora ser uma pária da sociedade, mulher e lésbica num mundo patriarcal e hetero, tive que ver minha família preocupada e saber que minha vida vale tão pouco! E ainda por cima ser de certa maneira responsabilizada porque não tenho celular!! Citando: "não é sinal de saúde estar ajustado a uma sociedade doente".
Não é impressão minha, são fatos.
Pois que numa sequência impensável dos fatos, volto para casa mais cedo do que imaginava, porque o show previsto para o final do evento foi vetado pela prefeitura, e assim que abro a porta sou recebida aos gritos do meu pai e prantos da minha mãe! Estavam preocupadíssimos pois receberam um trote por telefone de que eu havia sido sequestrada e torturada. Uma voz de mulher implorando ajuda e um homem exigindo $10 mil.
Fora ser uma pária da sociedade, mulher e lésbica num mundo patriarcal e hetero, tive que ver minha família preocupada e saber que minha vida vale tão pouco! E ainda por cima ser de certa maneira responsabilizada porque não tenho celular!! Citando: "não é sinal de saúde estar ajustado a uma sociedade doente".
Não é impressão minha, são fatos.
2 comentários:
Putz, coitados dos seus pais! Minha sogra ja passou por isso e o pior, duas vezes (quem manda ter 3 filhos no pais do trote-sequestro?)
e mais uma vez o capital foi lá e fagocitou o espírito de um movimento. de fato a parada Gay virou evento turistico, e eu nem sabia da caminhada lésbica no dia anterior!
ontem assistindo happy feet (é fofo viu) fiquei repensando algumas coisas, por um momento senti um lampejo de felicidade e vitalidade para fazer algo que preste,mas logo passou, logo me lembrei de que era só um desenho...
Já vi esse pinguinzinho, é fofo mesmo e a idéia do desenho é esse velho sonho de se poder ser quem se é independente do que acham os outros, mas um dia a gente chega lá! MAS NÃO PODE DESISTIR, PÔ!!!
=)
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