terça-feira, 20 de abril de 2004

É, tá acabando... esta semana acaba o período de aulas da disciplina que estou - quase estava - cursando na pós. E agora, dentre as coisas socialmente aceitáveis como ocupação e que devem ser, necessariamente, fonte de ganho capital, me pergunto: "O que vou fazer?".

Pensando nesse momento enquanto parte de um processo, vou esperar até começarem novamente as inscrições para aprimoramentos e especializações, que sejam públicos, é claro, ou então mestrados, sejam em terra brasilis ou no além mar.

Agora, pensando enquanto necessidade, devo dizer que não posso esperar mais, pois esta condição anda sendo decisiva na manutenção da minha saúde mental. E digo porque: convivência em família depois de cinco anos fora de casa, tendo experimentado o gostinho da liberdade e desfrutado de uma vida dentro das suas covicções e rítmo, é realmente uma missão para adeptos do zen-budismo. Digo isso porque só tendo tanta paz de espírito para agüentar as implicações, histerias, moralismo e falta de noção da realidade... bem, essa é a minha situação!

Acredito ter razões para não estar muito contente no momento, por várias motivações, dentre elas a que acabo de descrever.

É isso aí, não basta estar desempregada, ainda estou longe dos amigos, sem dinheiro, sem conversas discontraídas, sem cafés da tarde, sem visitas inesperadas de quem no portão te recebe com um sorriso, sem os papos entre a fumaça verde, sem as noites intimistas de filmes com pipoca e colchã no chão, dividindo cobertores, porque andou fazendo frio nas noites de junho...

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