... Não seria então melhor colocar-nos numa caixinha de estímulos, como as dos ratinhos que são testados, estressados, privados, saciados, enfim, o que alguns processos de seleção tem de diferente disto...? Alguns, não muita coisa.
Este é o reflexo da inversão de valores em relação à quem "pertence" a força de trabalho: ao empregado que vai suar a camisa ou ao empregador que detém o poder das decisões, inclusive do destino do empregado? É justamente aí que mora o perigo, o poder que, ainda que seja micro, causa grandes estragos nas relações de trabalho e, é claro, influencia deveras nos requisitos das seleções de pessoal.
Como cada um sabe onde o seu calo aperta, acabamos nos submetendo a todo o tipo de desaforo e nos deixamos levar pelos absurdos laborais e suas conseqüências, sempre com um sorriso no rosto.
Ho-ho-ho! Ha-ha-ha! Tô disposta a trabalhar: tem emprego pra me dar?
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
O mercado procura e ninguém me acha!
Ultimamente estou como uma criança prestes a ter o seu primeiro dia de aula na escola. Mais ansiosa que torcida brasileira em decisão de copa do mundo nos pênaltis. Um horror!
Estou à procura do emprego que poderá mudar minha vida, mas ando tendo pesadelos com o proceso de seleção. São tantas coisas óbvias que não se deve fazer, ou outras mais óbvias ainda do que se deve fazer, que fica um buraco negro naquela parte que diz o que verdadeiramente o selecionador espera de você.
Por exemplo, sei que não devo colocar o dedo no nariz e que devo versar com confiança e entusiasmo sobre minhas habilidades e competências, mas o que vou fazer se por acaso eu for sósia da ex-noiva do atual namorado da selecionadora e, inconscientemente, ela não for com a minha cara? Não é aconselhável mentir, e menos ainda ser realmente sincera; e etc.
Com tanta gente à procura de um espaço, com qualificações parecidas, detalhes andam fazendo a diferença, mas quais? Não quero ser subestimada porque no dia da entrevista acordei com uma espinha no queixo ou porque cruzei a perna para o lado da porta e isto quis demonstrar que eu estava mais é querendo ir embora. O corpo fala, eu sei, mas será que eu vou ter que gritar para ser ouvida?
Por mais escaldada que esteja e sabendo de todos os senãos envolvidos, ainda assim não confio muito nestes processos, muito menos nos selecionadores, esses colegas de formação que, como já presenciei muitas vezes, não dão o mínimo de acolhimento ao candidato, quem dirá atenção: longas esperas para testar a paciência, olhares desconcertantes como se contasse os botões da sua camisa, falsa simpatia aos montes, promessas vazias e observações desnecessárias. Mas a pior de todas é aquela que faz o papel de "lobo mau" na histórinha da seleção e se basta a ser estúpida, grosseira e mal educada com os candidatos só para fazer uma pressão, ver como eles reagem.
Será que então não é melhor nos colocar numa caixinha...(continua)
Estou à procura do emprego que poderá mudar minha vida, mas ando tendo pesadelos com o proceso de seleção. São tantas coisas óbvias que não se deve fazer, ou outras mais óbvias ainda do que se deve fazer, que fica um buraco negro naquela parte que diz o que verdadeiramente o selecionador espera de você.
Por exemplo, sei que não devo colocar o dedo no nariz e que devo versar com confiança e entusiasmo sobre minhas habilidades e competências, mas o que vou fazer se por acaso eu for sósia da ex-noiva do atual namorado da selecionadora e, inconscientemente, ela não for com a minha cara? Não é aconselhável mentir, e menos ainda ser realmente sincera; e etc.
Com tanta gente à procura de um espaço, com qualificações parecidas, detalhes andam fazendo a diferença, mas quais? Não quero ser subestimada porque no dia da entrevista acordei com uma espinha no queixo ou porque cruzei a perna para o lado da porta e isto quis demonstrar que eu estava mais é querendo ir embora. O corpo fala, eu sei, mas será que eu vou ter que gritar para ser ouvida?
Por mais escaldada que esteja e sabendo de todos os senãos envolvidos, ainda assim não confio muito nestes processos, muito menos nos selecionadores, esses colegas de formação que, como já presenciei muitas vezes, não dão o mínimo de acolhimento ao candidato, quem dirá atenção: longas esperas para testar a paciência, olhares desconcertantes como se contasse os botões da sua camisa, falsa simpatia aos montes, promessas vazias e observações desnecessárias. Mas a pior de todas é aquela que faz o papel de "lobo mau" na histórinha da seleção e se basta a ser estúpida, grosseira e mal educada com os candidatos só para fazer uma pressão, ver como eles reagem.
Será que então não é melhor nos colocar numa caixinha...(continua)
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Utilidade Pública
Hoje meu horóscopo atentou para o fato de eu fazer alguma coisa em prol da humanidade, então lá vai: NÃO ESQUEÇAM DE FAZER A DECLARAÇÃO DE ISENTO, até dia 30 de novembro, mesmo aqueles que estão fora do país. Acessem Receita Federal.
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Série Impressões: Nefastas
Já faz tanto tempo que a avó do Manuel dizia e eu não havia me dado conta da profundidade desta afirmação: "O MUNDO É FABULOSO, O SER HUMANO É QUE NÃO É LEGAL"!
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
Série Impressões: Nefastas
Hoje mesmo, pela manhã, no caminho de todos os dias para o trabalho, andava, como sempre, ensimesmada quando me deparei com uma pequena porção de cimento fresco com duas pegadas bastante profundas: uma daquelas típicas de cachorro e outra, de um típico ser humano idiota.
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Já ouviu falar do Piauí?
Para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer o Piauí, eu recomendo. É simplesmente ótimo!!
Não, não andei me aventurando pelo Norte do país, mas vivi experiências bastante inusitadas lendo a nova revista que chegou às bancas no último mês: Piauí.
Nem adianta perguntar porquê este nome, pois ninguém da redação sabe explicar e isso é realmente o menos importante. Esta revista mensal, em formato tablóide, adota uma filosofia bem diferente das nossas já bem conhecidas revistas: não tem editorial, ou seja, não manifesta ou defende nenhuma opinião sobre nenhum fato em nome da própria revista; não tem matérias assinadas, aquelas que todo mês o mesmo cidadão repete as mesmas opiniões; tem como bandeira o bom humor e a liberdade de expressão realmente libertária, onde todos têm espaço, os de direita, de esquerda, do centro, os de cima e os de baixo; aborda os mais variados assuntos e conta com a sagacidade de escritores de olho bem vivo, que não dispensam comentários pertinentes ainda que na contra mão da aparente intenção da matéria... a Piauí é demais!
Como comentou Calligaris na Folha de SP, é possível "viajar" para todos os cantos sem sair do sofá: conheci a delicada arte/técnica de um dos maiores provadores e classificadores de café do mundo, um brasileiro do RJ que começou como office boy na empresa em que trabalha a décadas; me diverti e me assustei com as nuances da profissão mais insalubre dos tempos modernos - os operadores de telemarketing; conferi nas últimas páginas, numa sessão de fotos dos momentos importantes e agoniantes da nossa história, clicks inusitados e de muito efeito das CPI´s do mensalão e dos sanguessugas...Ah, tem também um conto inédito de Rubem Fonseca, a vida de Berthold Brecht em quadrinhos e uma bem humorada e extensa tira sobre a não menos interessante vida do hipopótamo.
Enfim, temos a disposição um novo meio de comunicação e expressão que promete ser mais humano, mais inteligente, cultural e multimídia, e menos disfarçada e pretenciosa do que outras "magazines" que por aí se apresentam. Ao ler vocês verão, ela deixa aquela sensação de coisa caseira, familiar, como os cafés da manhã de domingo, de pijama e meias e uma esfumaçante xícara de café.
Não, não andei me aventurando pelo Norte do país, mas vivi experiências bastante inusitadas lendo a nova revista que chegou às bancas no último mês: Piauí.
Nem adianta perguntar porquê este nome, pois ninguém da redação sabe explicar e isso é realmente o menos importante. Esta revista mensal, em formato tablóide, adota uma filosofia bem diferente das nossas já bem conhecidas revistas: não tem editorial, ou seja, não manifesta ou defende nenhuma opinião sobre nenhum fato em nome da própria revista; não tem matérias assinadas, aquelas que todo mês o mesmo cidadão repete as mesmas opiniões; tem como bandeira o bom humor e a liberdade de expressão realmente libertária, onde todos têm espaço, os de direita, de esquerda, do centro, os de cima e os de baixo; aborda os mais variados assuntos e conta com a sagacidade de escritores de olho bem vivo, que não dispensam comentários pertinentes ainda que na contra mão da aparente intenção da matéria... a Piauí é demais!
Como comentou Calligaris na Folha de SP, é possível "viajar" para todos os cantos sem sair do sofá: conheci a delicada arte/técnica de um dos maiores provadores e classificadores de café do mundo, um brasileiro do RJ que começou como office boy na empresa em que trabalha a décadas; me diverti e me assustei com as nuances da profissão mais insalubre dos tempos modernos - os operadores de telemarketing; conferi nas últimas páginas, numa sessão de fotos dos momentos importantes e agoniantes da nossa história, clicks inusitados e de muito efeito das CPI´s do mensalão e dos sanguessugas...Ah, tem também um conto inédito de Rubem Fonseca, a vida de Berthold Brecht em quadrinhos e uma bem humorada e extensa tira sobre a não menos interessante vida do hipopótamo.
Enfim, temos a disposição um novo meio de comunicação e expressão que promete ser mais humano, mais inteligente, cultural e multimídia, e menos disfarçada e pretenciosa do que outras "magazines" que por aí se apresentam. Ao ler vocês verão, ela deixa aquela sensação de coisa caseira, familiar, como os cafés da manhã de domingo, de pijama e meias e uma esfumaçante xícara de café.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
Série Impressões: Nefastas
A cada dia se acumula mais um pinguiho de desconfiança desse contador que instalei no blog. Quem poderiam ser essas pessoas acessando meu site do Reino Unido, Argentina...? Começo a acreditar que ele segue a filosofia do "La garantia soy jo".
Série Impressões: Nefastas
Aqui, da esfera privada, do mundinho que só o meu umbigo tem a noção do que se passa, a coisa anda feia, pra não dizer assustadora, mas com um, ainda pendente, fiozinho de esperança.
Desaprendendo com a vida
Passei recentemente por algumas situações que me fizeram rever profundamente o significado da palavra confiança.
Acredito nunca ter ponderado sobre se podia ou não confiar em alguém, principalmente ao se tratar de amizades. Assim que me sentia envolvida fraternalmente com alguém, o que no meu caso significa alguns meses de contato, me sentia a vontade para falar da minha vida, meus planos para o futuro, opiniões sobre os mais variados assuntos e pessoas.
O que mudou em tudo isso foi me dar conta de uma coisa que Renato Russo já alertava desde os longínquos anos 80: "Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim". E foi justamente isso o que me aconteceu, ou vem acontecendo, desde que voltei a esta metrópole, ou pelo menos isto vem acontecendo com maior freqüência e envolvendo questões mais graves. Isto quer dizer que a cerca de três anos tenho sido ludibriada pela maioria das pessoas com quem estabeleci algum tipo de contato, freqüentei suas casas, convidei-as a freqüentar a minha, prestei favores, emprestei até dinheiro, acreditem, e o que ganhei foi a traição, na concepção mais anti-higiênica da palavra.
Quando me recordo de algumas situações, ao abrir meu coraçãozinho, acreditando no acolhimento e, realmente, confiando que estava sendo ouvida e compreendida...fico puta da vida, me achando uma verdadeira pata de não ter percebido antes o chocalho da víbora serpenteando na minha cara, só a espera do bote. E que ainda me deixei levar, perdoando alguns deslizes, tentando entender o que estava acontecendo.
Na verdade não havia nada para entender, era aquilo mesmo, estavam abusando da minha bondade e ingenuidade para atingirem seus fins escusos.
O que tirei disto tudo foi a dura lição de que para se confiar em alguém de agora em diante é melhor não confiar. E assim não ter a minha vida escancarada aos sete ventos, passada de orelha em orelha como um jogo de´telefone sem fio’, a interpretarem como bem entendem e ainda desferirem julgamentos baseados em suas próprias experiências torpes, segundo os seus nada bons sensos.
Aos raros amigos que já demonstraram por muitas vezes o seu caráter, gostaria de agradecê-los, pois se assim agiram foi realmente por sua integridade e respeito, coisa que me sinto, mais do que nunca, na obrigação de lhes retribuir.
Infelizmente, uma pessoa de caráter é coisa rara de se encontrar, mas ainda que eu venha a ser ludibriada por mais alguma (e acho sinceramente que ainda vai acontecer!), vou procurar me manter como venho fazendo: com minha dignidade intacta e a crença inabalável no respeito e na boa educação.
Acredito nunca ter ponderado sobre se podia ou não confiar em alguém, principalmente ao se tratar de amizades. Assim que me sentia envolvida fraternalmente com alguém, o que no meu caso significa alguns meses de contato, me sentia a vontade para falar da minha vida, meus planos para o futuro, opiniões sobre os mais variados assuntos e pessoas.
O que mudou em tudo isso foi me dar conta de uma coisa que Renato Russo já alertava desde os longínquos anos 80: "Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim". E foi justamente isso o que me aconteceu, ou vem acontecendo, desde que voltei a esta metrópole, ou pelo menos isto vem acontecendo com maior freqüência e envolvendo questões mais graves. Isto quer dizer que a cerca de três anos tenho sido ludibriada pela maioria das pessoas com quem estabeleci algum tipo de contato, freqüentei suas casas, convidei-as a freqüentar a minha, prestei favores, emprestei até dinheiro, acreditem, e o que ganhei foi a traição, na concepção mais anti-higiênica da palavra.
Quando me recordo de algumas situações, ao abrir meu coraçãozinho, acreditando no acolhimento e, realmente, confiando que estava sendo ouvida e compreendida...fico puta da vida, me achando uma verdadeira pata de não ter percebido antes o chocalho da víbora serpenteando na minha cara, só a espera do bote. E que ainda me deixei levar, perdoando alguns deslizes, tentando entender o que estava acontecendo.
Na verdade não havia nada para entender, era aquilo mesmo, estavam abusando da minha bondade e ingenuidade para atingirem seus fins escusos.
O que tirei disto tudo foi a dura lição de que para se confiar em alguém de agora em diante é melhor não confiar. E assim não ter a minha vida escancarada aos sete ventos, passada de orelha em orelha como um jogo de´telefone sem fio’, a interpretarem como bem entendem e ainda desferirem julgamentos baseados em suas próprias experiências torpes, segundo os seus nada bons sensos.
Aos raros amigos que já demonstraram por muitas vezes o seu caráter, gostaria de agradecê-los, pois se assim agiram foi realmente por sua integridade e respeito, coisa que me sinto, mais do que nunca, na obrigação de lhes retribuir.
Infelizmente, uma pessoa de caráter é coisa rara de se encontrar, mas ainda que eu venha a ser ludibriada por mais alguma (e acho sinceramente que ainda vai acontecer!), vou procurar me manter como venho fazendo: com minha dignidade intacta e a crença inabalável no respeito e na boa educação.
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
...Movimento pela Paz...
Estamos perdendo um tempo precioso em frente a esta tela que tudo promete e nada nos dá. Não dá?, assim não dá pra ficar. Só olhar não basta, precisamos agir. Movimente os dedos! Tudo bem, é preciso um pouco de coordenação, mas essa, definitivamente, não é a parte mais difícil. O difícil mesmo foi ter aguardado milhões de anos para desenvolver articulações adequadamente dispostas, sem falar do muitas vezes esquecido e não menos importante, polegar opositor.
Pois então, superado este pequeno obstáculo biológico e concomitante a ele, a garantia de uma massa encefálica também irremediavelmente grande, pesada e repleta de circunvoluções, e estamos prontos para realizar incontáveis AÇÕES.
A partir daí: caos, total e absoluto, tudo errado. E o que nos levou a isto? Tenho certeza, mas não posso provar estatísiticamente, que isso se deve ao egoísmo. Sabe essa coisa de ver tudo com o olhar voltado para o próprio umbigo, como se fôssemos floquinhos de neve pairando independentes neste mar atmosférico. Mas todo mundo sabe o que acontece quando um monte de floquinhos se juntam e resolvem agir: está iniciada uma avalanche!
Uma avalanche é o deslocamento desenfreado de milhões de floquinhos de neve que ganham uma mesma direção. Essa ação gera uma carga de energia tão enorme que é capaz de deslocar obstáculos muitas vezes maiores que qualquer um desses floquinhos sozinhos. Porém, esse movimento, apesar de grandioso é totalmente descordenado, resultando em...caos. E por que?, porque cada floquinho só quer saber de ganhar o seu espaço, passar à frente do outro, ser o mais rápido, chegar em primeiro. Eles só esquecem que impondo a regra do "garantir o meu lugar, chegando à frente a qualquer custo" é dar o aval para que outros façam o mesmo e, assim que se chega onde se quer, logo atrás viram uma tonelada de outros floquinhos desenfreados e ávidos para ganhar também aquele espaço.
Pois bem, nada adiantaram os milhares de anos de "evolução", polegar opositor e cérebros superdesenvolvidos se nossas ações ainda evidenciam o mundinho solitário do eu sozinho e que vá as pencas todo o resto do planeta, e, inclusive, o próprio planeta. Que social, que nada; que mané meio ambiente; o que, milhões de pessoas com fome, hã...?; direitos humanos, desde quando?! O que que eu tenho a ver com isso se o que me falta, na verdade, é o novo DVD do Cirque du Soleil. Ah, o meu time perdeu para o seu?, então tá bom, deixa eu quebrar aquele orelhão e aquela banca de jornal que eu já te mostro quem é que pode mais. Faixa de pedestre? Espera aí, eu tenho pressa, ganhar estes centímetros de asfalto vão economizar muito o meu tempo e, é claro, passar por aquele farol que recentemente tornou-se vermelho não vai atrapalhar, ainda mais que o fato dele, antes, ter estado amarelo não significasse absolutamente nada. Ah é, e porque eu vou gastar minhas digitais movendo a alavanca para dar a seta se a curva já está logo ali e é só virar...
Hum-hum, quer dizer que você está pensando em se separar de mim?, então acho que vou dar uns docinhos com granulados de raticida para os nossos filhos, aí, quem sabe, você mude de idéia, senão você já vai ficar suficientemente chateado e, para mim já basta.
Ah, mais eu queria tanto o dinheiro da sua aplicação e das ações da sua microempresa para realizar o meu sonho...já sei, você é minha mãe, certo? Eu sou seu filho único, certo? Se você morrer, o que é seu será automaticamente meu, ok?
Floquinhos de neve podem se tornar tremendamente perigosos se continuarem neste ritimo louco e alucinante de quererem tudo e mais um pouco para saciar os seus desejos tão seus, para tamponar esse buraquinho sem fundo que existe em seus peitos e que os fazem querer sempre mais e mais, pois, pensando bem, todos, floquinhos de neve e pessoas, querem mesmo uma só coisa: paz, como a que paira após uma grande avalanche, quando cada um se deu conta de que não adianta sair desenfreado afim de alcançar não se sabe bem o que, e todos param, põem-se lado a lado, se apóiam e se sustentam numa harmoniosa paisagem.
Pois então, superado este pequeno obstáculo biológico e concomitante a ele, a garantia de uma massa encefálica também irremediavelmente grande, pesada e repleta de circunvoluções, e estamos prontos para realizar incontáveis AÇÕES.
A partir daí: caos, total e absoluto, tudo errado. E o que nos levou a isto? Tenho certeza, mas não posso provar estatísiticamente, que isso se deve ao egoísmo. Sabe essa coisa de ver tudo com o olhar voltado para o próprio umbigo, como se fôssemos floquinhos de neve pairando independentes neste mar atmosférico. Mas todo mundo sabe o que acontece quando um monte de floquinhos se juntam e resolvem agir: está iniciada uma avalanche!
Uma avalanche é o deslocamento desenfreado de milhões de floquinhos de neve que ganham uma mesma direção. Essa ação gera uma carga de energia tão enorme que é capaz de deslocar obstáculos muitas vezes maiores que qualquer um desses floquinhos sozinhos. Porém, esse movimento, apesar de grandioso é totalmente descordenado, resultando em...caos. E por que?, porque cada floquinho só quer saber de ganhar o seu espaço, passar à frente do outro, ser o mais rápido, chegar em primeiro. Eles só esquecem que impondo a regra do "garantir o meu lugar, chegando à frente a qualquer custo" é dar o aval para que outros façam o mesmo e, assim que se chega onde se quer, logo atrás viram uma tonelada de outros floquinhos desenfreados e ávidos para ganhar também aquele espaço.
Pois bem, nada adiantaram os milhares de anos de "evolução", polegar opositor e cérebros superdesenvolvidos se nossas ações ainda evidenciam o mundinho solitário do eu sozinho e que vá as pencas todo o resto do planeta, e, inclusive, o próprio planeta. Que social, que nada; que mané meio ambiente; o que, milhões de pessoas com fome, hã...?; direitos humanos, desde quando?! O que que eu tenho a ver com isso se o que me falta, na verdade, é o novo DVD do Cirque du Soleil. Ah, o meu time perdeu para o seu?, então tá bom, deixa eu quebrar aquele orelhão e aquela banca de jornal que eu já te mostro quem é que pode mais. Faixa de pedestre? Espera aí, eu tenho pressa, ganhar estes centímetros de asfalto vão economizar muito o meu tempo e, é claro, passar por aquele farol que recentemente tornou-se vermelho não vai atrapalhar, ainda mais que o fato dele, antes, ter estado amarelo não significasse absolutamente nada. Ah é, e porque eu vou gastar minhas digitais movendo a alavanca para dar a seta se a curva já está logo ali e é só virar...
Hum-hum, quer dizer que você está pensando em se separar de mim?, então acho que vou dar uns docinhos com granulados de raticida para os nossos filhos, aí, quem sabe, você mude de idéia, senão você já vai ficar suficientemente chateado e, para mim já basta.
Ah, mais eu queria tanto o dinheiro da sua aplicação e das ações da sua microempresa para realizar o meu sonho...já sei, você é minha mãe, certo? Eu sou seu filho único, certo? Se você morrer, o que é seu será automaticamente meu, ok?
Floquinhos de neve podem se tornar tremendamente perigosos se continuarem neste ritimo louco e alucinante de quererem tudo e mais um pouco para saciar os seus desejos tão seus, para tamponar esse buraquinho sem fundo que existe em seus peitos e que os fazem querer sempre mais e mais, pois, pensando bem, todos, floquinhos de neve e pessoas, querem mesmo uma só coisa: paz, como a que paira após uma grande avalanche, quando cada um se deu conta de que não adianta sair desenfreado afim de alcançar não se sabe bem o que, e todos param, põem-se lado a lado, se apóiam e se sustentam numa harmoniosa paisagem.
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
Série Impressões: Nefastas
Por que eu tenho a leve impressão de que nada vai mudar ou, pelo menos, de que nenhuma mudança realmente significativa irá acontecer em nossas vidas, assim, politicamente falando? Não sei, é só uma impressão...
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Seu sentimento tão meu...
Às vezes acontece desse jeito mesmo. Alguma coisa quer brotar na garganta, faz força para romper as duras e grossas paredes da angústia de não saber como expressar um sentimento inominável e, por isso mesmo abominável, difícil de encarar e ainda mais de entender. Mas eis que revirando as gavetas, ou em tempos modernos, as pastas de mensagens enviadas de longa data, surgem então as palavras escritas por uma daquelas amigas que, como outros, ainda que próximos, não nos alcançamos em meio aos arranha-céus de nosso entorno. Tão inabaláveis quanto estas estruturas é nossa ligação; e tão forte é esta última que nossos sentimentos se parecem, se encontram e se apóiam.
Eu entendo o quer dizer porque vivencio o seu sentimento. Esse susto que nos cala, esse caminho enigmático que desemboca na incerteza, mas que deve ir em frente ainda que assim não pareça seguir, porque ir adiante pode nos levar a um retrocesso, e sem volta; os atalhos podem se tornar tão longos e árduos quanto os pântanos tenebrosos que nos atravessam.
E, sendo assim, não há mais nada a dizer. Recolho-me e, como será dito, ensimesmada me mantenho até que eu possa entender o que se passa. Faço minhas as suas palavras:
“Eu queria que não revirasse, queria que não doesse. Mas doe, mas revira. Ela é gigante e eu pareço cada vez menor. Só uma boca, só um ouvido, só um ruído abafado. Desses que a gente solta meio sem querer, meio sem saber porque...só suspira e segue. Tantas vezes sem saber pra onde, só consigo saber que meu corpo está aqui - nesta cidade que me deixa ficar e que me deixa sem graça e me pergunta se rindo: "o gato comeu sua língua?". E eu sou a que não fala... a que enrubesce e não sabe o que fazer com as mãos. Mesmo assim tenho insistido. Talvez ela (tão grande!) se acostume com meu jeito de querer ficar quietinha até descobrir o que estou procurando, talvez eu me acostume com seu jeito de zombar de mim só pra me deixar irritada, só pra me fazer perder a paciência e revelar qualquer coisa de malcriada, de instantâneo, de descontente. Às vezes eu penso que ela simpatiza com pessoas assim... estouvadas. E vou seguindo assim-ensimesmada!-´procurando olhos e ouvidos imaginários que me amparam, acompanham, que me testemunham. Lembro de mim assim, de um jeito de querer ser invisível, talvez de uns quinze ou tanto mais anos atrás. Me vejo no re-início deste caminho de ficar livre de mim, livre dentro de mim. Até que eu possa olhar direto nos olhos dela e começar a falar.” De: A. Carrascoza
Eu entendo o quer dizer porque vivencio o seu sentimento. Esse susto que nos cala, esse caminho enigmático que desemboca na incerteza, mas que deve ir em frente ainda que assim não pareça seguir, porque ir adiante pode nos levar a um retrocesso, e sem volta; os atalhos podem se tornar tão longos e árduos quanto os pântanos tenebrosos que nos atravessam.
E, sendo assim, não há mais nada a dizer. Recolho-me e, como será dito, ensimesmada me mantenho até que eu possa entender o que se passa. Faço minhas as suas palavras:
“Eu queria que não revirasse, queria que não doesse. Mas doe, mas revira. Ela é gigante e eu pareço cada vez menor. Só uma boca, só um ouvido, só um ruído abafado. Desses que a gente solta meio sem querer, meio sem saber porque...só suspira e segue. Tantas vezes sem saber pra onde, só consigo saber que meu corpo está aqui - nesta cidade que me deixa ficar e que me deixa sem graça e me pergunta se rindo: "o gato comeu sua língua?". E eu sou a que não fala... a que enrubesce e não sabe o que fazer com as mãos. Mesmo assim tenho insistido. Talvez ela (tão grande!) se acostume com meu jeito de querer ficar quietinha até descobrir o que estou procurando, talvez eu me acostume com seu jeito de zombar de mim só pra me deixar irritada, só pra me fazer perder a paciência e revelar qualquer coisa de malcriada, de instantâneo, de descontente. Às vezes eu penso que ela simpatiza com pessoas assim... estouvadas. E vou seguindo assim-ensimesmada!-´procurando olhos e ouvidos imaginários que me amparam, acompanham, que me testemunham. Lembro de mim assim, de um jeito de querer ser invisível, talvez de uns quinze ou tanto mais anos atrás. Me vejo no re-início deste caminho de ficar livre de mim, livre dentro de mim. Até que eu possa olhar direto nos olhos dela e começar a falar.” De: A. Carrascoza
terça-feira, 3 de outubro de 2006
Quero criticar
Segue abaixo a crítica que fiz pela internet no site da Rede Globo sobre a infeliz colocação do apresentador Renato Machado no jornal matinal e que fui, assim como muitos outros, obrigada a engolir junto com o café com leite daquela manhã:
QUERO CRITICAR
Esta é uma nota de repúdio ao infeliz comentário proferido pelo apresentador Renato Machado no Bom Dia Brasil d 25 de setembro deste.
No encerramento da matéria sobre o assassinato do Coronel Ubiratan Guimarães, o Sr.Renato Machado colocou-se no lugar de juiz do caso e decretou "É um caso clássico de crime por ciúmes".
Acho tremendamente temeroso este tipo de comentário em um veículo de comunicação, ainda mais com as proporções desta instituição que é notoriamente influenciadora da opinião pública. Vale ressaltar que à ocasião deste comentário, a suspeita Carla Capollina sequer havia sido indiciada pelos órgãos competentes.
Este tipo de opinião deveria ser resguardada para o bem público e para o bom encaminhamento das investigações que, em meu parco conhecimento, não carecem do julgamento de ninguém que não daqueles diretamente envolvidos no caso.
A imprensa tem, costumeiramente, querido ganhar ares de polícia e de justiça, investigando e julgando pessoas e instituições segundo os seus próprios princípios, ou diria, interesses?
Resta esperar que a ética, a moral e o bom senso passem a ter maior espaço nas telecomunicações para que não venham a se tornar prepotentes difusoras do achismo como verdades da nação.
Sei que não irão me responder, muito menos mudar sua conduta, mas já valeu por ter desentalado da garganta as bolachinhas que e tentava engolir junto com o café com leite...
QUERO CRITICAR
Esta é uma nota de repúdio ao infeliz comentário proferido pelo apresentador Renato Machado no Bom Dia Brasil d 25 de setembro deste.
No encerramento da matéria sobre o assassinato do Coronel Ubiratan Guimarães, o Sr.Renato Machado colocou-se no lugar de juiz do caso e decretou "É um caso clássico de crime por ciúmes".
Acho tremendamente temeroso este tipo de comentário em um veículo de comunicação, ainda mais com as proporções desta instituição que é notoriamente influenciadora da opinião pública. Vale ressaltar que à ocasião deste comentário, a suspeita Carla Capollina sequer havia sido indiciada pelos órgãos competentes.
Este tipo de opinião deveria ser resguardada para o bem público e para o bom encaminhamento das investigações que, em meu parco conhecimento, não carecem do julgamento de ninguém que não daqueles diretamente envolvidos no caso.
A imprensa tem, costumeiramente, querido ganhar ares de polícia e de justiça, investigando e julgando pessoas e instituições segundo os seus próprios princípios, ou diria, interesses?
Resta esperar que a ética, a moral e o bom senso passem a ter maior espaço nas telecomunicações para que não venham a se tornar prepotentes difusoras do achismo como verdades da nação.
Sei que não irão me responder, muito menos mudar sua conduta, mas já valeu por ter desentalado da garganta as bolachinhas que e tentava engolir junto com o café com leite...
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
Enfim, estou de volta com o compromisso de não mais me afastar deste espaço. Por que isto aconteceu? Realmente não importa. É um novo ciclo que aqui se reinicia, novos parâmetros, novas experiências, novos assuntos, mas o mesmo bom humor, com a promessa de vir acompanhado de muito cinismo e uma chatice cronificada, fruto da vivência inescapável deste mundo de injustiças, onde nada se explica e tudo se vai "fazendo nas coxas".
Compromissos que assumo comigo mesma para manter este blog na ativa:
1. Renovar os posts ao menos semanalmente, salvo ocasiões em que, por motivo de força maior, isto realmente seja impossível, levando-se em conta que eu não possuo computador pessoal com acesso à internet e, como faço os posts do meu trabalho, pode ser que o mesmo sofra censuras, bloqueios ou suspensões;
2. Não me responsabilizo pela nível de chatice que poderei alcançar em minhas publicações, bem como pelos sarcasmos, ironias e injúrias. Se a carapuça servir, não tenho nada em haver com isso.
3. Grandes verdades poderão ser apenas belas mentiras.
4. Pequenas mentiras poderão ser imensas verdades.
5. Utilizar-me-ei do português de Saramago, ou seja, aquele que nos ensinaram e não aquele que inventamos no dia a dia*.
6. Estes compromissos não sofrerão alterações e poderão ser acrescidos conforme necessidade e/ou vontade da autora.**
* Caso detectem algum erro, favor informar-me. Corrigi-lo é aprender com ele, burrice é insistir no erro.
Erros de digitação não são, necessariamente, erros de português, mas, com certeza, é falta de atenção, e serão desfeitos a qualquer momento.
** Lembrem-se que estes compromissos estão sendo assumidos por mim para comigo mesma, então não venham cobrar nenhum tipo de postura.
Compromissos que assumo comigo mesma para manter este blog na ativa:
1. Renovar os posts ao menos semanalmente, salvo ocasiões em que, por motivo de força maior, isto realmente seja impossível, levando-se em conta que eu não possuo computador pessoal com acesso à internet e, como faço os posts do meu trabalho, pode ser que o mesmo sofra censuras, bloqueios ou suspensões;
2. Não me responsabilizo pela nível de chatice que poderei alcançar em minhas publicações, bem como pelos sarcasmos, ironias e injúrias. Se a carapuça servir, não tenho nada em haver com isso.
3. Grandes verdades poderão ser apenas belas mentiras.
4. Pequenas mentiras poderão ser imensas verdades.
5. Utilizar-me-ei do português de Saramago, ou seja, aquele que nos ensinaram e não aquele que inventamos no dia a dia*.
6. Estes compromissos não sofrerão alterações e poderão ser acrescidos conforme necessidade e/ou vontade da autora.**
* Caso detectem algum erro, favor informar-me. Corrigi-lo é aprender com ele, burrice é insistir no erro.
Erros de digitação não são, necessariamente, erros de português, mas, com certeza, é falta de atenção, e serão desfeitos a qualquer momento.
** Lembrem-se que estes compromissos estão sendo assumidos por mim para comigo mesma, então não venham cobrar nenhum tipo de postura.
quinta-feira, 4 de maio de 2006
Ai que saudades desse cantinho....
Essa menininha continua aí com o dedinho na tela, na eminëncia de um desenho ou escrito, quando vamos saber? Não dá para adivinhar o pensamento das pessoas, é uma pena. Talvez com isso evitaríamos muitas decepções, desilusões e frustrações.
O que nos resta é continuar no mistério da imprevisibilidade das ações humanas e contar apenas com o nosso sexto sentido ou "desconfiömetro" como alguns preferem chamar. Não despreze esta capacidade, pois ela pode te privar ou salvar de alguns encontros ou de situações indesejáveis.
Siga o seu instinto, encare a vida e vá à luta!!
Essa menininha continua aí com o dedinho na tela, na eminëncia de um desenho ou escrito, quando vamos saber? Não dá para adivinhar o pensamento das pessoas, é uma pena. Talvez com isso evitaríamos muitas decepções, desilusões e frustrações.
O que nos resta é continuar no mistério da imprevisibilidade das ações humanas e contar apenas com o nosso sexto sentido ou "desconfiömetro" como alguns preferem chamar. Não despreze esta capacidade, pois ela pode te privar ou salvar de alguns encontros ou de situações indesejáveis.
Siga o seu instinto, encare a vida e vá à luta!!
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