quarta-feira, 19 de maio de 2004

Olha, devo confessar a todos que eu gosto de estudar. Para alguns pode parecer muito estranho gostar de uma coisa da qual, por muitas vezes, as pessoas reclamam de ter que fazer.
Pude, faz pouco tempo, ter o prazer de assistir essa aula. E como já fazia algum tempo que não tinha, senti com maior/melhor gosto viver essa experiência.
Mas agora eu fico pensando, por que é que eu gosto de estudar? O que poderia explicar esse meu gosto?
Bem, é claro que eu considero as coisas clichês tipo que estydar te faz aprender sobre as coisas e tals. Mas, levando em conta que gostar de alguma coisa querer dizer que isto lhe proporciona, sobretudo, prazer, parece-me mais fácil, desse modo, encontrar as razões para gostar de estudar.
Sinto um imenso prazer quando, em sala de aula, ouço alguém falar com propriedade e bom senso o proposto, e se permite sair deste sempre que novos caminhos se fazem mais interessantes de serem seguidos.
Sinto imenso prazer de ver alguém falar com clareza e fluência idéias, por vezes, complexas e intrincadas, mas que sua retórica as fazem parecer uma simples questão de lógica.
Estudar envolve também o prazer de manusear livros e outras tantas formas em que é apresentada a palavra escrita. Não posso descuidar aqui e acabar falando do prazer da leitura, porque dá margem a outra via de pensamento...
Algumas vezes, estudar pode criar aquelas situações em que temos que nos pegar com ímpeto à tarefa de ler, mas é tão bom quando nos deparamos com teorias, idéias ou pensamentos, histórias de vida, de lugares ou de coisas, tão interessantes, instigantes e tocantes que te fazem ter a sensação de que não está sendo um tempo perdido.
Está aí, o estudo como algo prazeroso, ao menos para mim, envolve poder se prender a uma tarefa na qual tem-se a sensação de que se está aproveitando a vida e agregando, a cada idéia, uma nova parte do mundo à si mesmo.

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